Atualmente, vários estados brasileiros enfrentam as consequências da pandemia causada pelo Coronavírus (COVID-19) em diversas áreas. Na saúde, os desafios são maiores. As preocupações e dúvidas relacionadas à doença deixam a sociedade em alerta contínuo. No mês de julho, um tema ganha destaque: a importância do tratamento e acompanhamento das alergias. Nesta quarta-feira, 8, no Dia Mundial da Alergia, a Sesau (Secretaria de Saúde) alerta para a importância da conscientização sobre tratamento correto das alergias.
De acordo com a alergista Lorena Wanderley Petry Cruz, que atua na rede pública de saúde, este ano o tema da semana é “O cuidado com alergia não pode parar por causa da COVI-19”. Nesse sentido, para evitar o agravamento da doença e riscos por conta da infecção causada pela COVID-19, é fundamental que pacientes mantenham o tratamento.
“Os pacientes que apresentam alergia precisam ter consciência de que possuem uma doença crônica e, dessa forma, o tratamento de manutenção deve ser continuado. Nesse período de pandemia, esses cuidados não devem ser interrompidos e nem deixado de lado, principalmente nos casos de alergias que apresentam sintomas respiratórios”, esclarece.
Em 2019, foram realizados na Clínica Especializada Coronel Mota 777 atendimentos relacionados a alergias. Nos primeiros três meses deste ano, 188 atendimentos foram realizados. A médica explica que se o controle adequado não for feito, o paciente podem entrar em crise e os sintomas podem ser confundidos com uma infecção por Coronavírus. Por isso, é importante que o paciente esteja com o acompanhamento em dia.
“Por exemplo, a rinite alérgica, que apresenta os sintomas nasais de coriza, coceira no nariz, espirros e obstrução nasal. Esses sintomas também podem ser sentidos numa gripe ou em uma infecção por Coronavírus, que apresenta boa parte dos sintomas de gripe. Além disso, é bom que ele saiba sobre as diferenças. No Coronavírus, por exemplo, podem ocorrer sintomas como febre, mal-estar e dores no corpo. Esses sintomas não estão presentes na rinite comum”, salienta.
A médica ressalta que muitos pacientes têm dúvidas e acabam sem saber se mantém ou não o uso desses medicamentos. Ela alerta que a orientação durante o período de pandemia é não deixar de usar o tratamento de manutenção, que inclui em alguns casos o uso de corticoides, mas saber exatamente como proceder.
“O paciente com asma, por exemplo, precisa estar com a doença de base controlada para não ser considerado um paciente de risco para complicações, se for acometido pela COVID-19. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental para que o paciente esteja com a doença de base controlada”, reforça.