Cultura

Estudantes criam pastilhas de sabão para imigrantes venezuelanos

O produto venceu o desafio Chama na Solução, uma iniciativa do YouthChallenge

Quatro adolescentes, estudantes do ensino médio, criaram um produto que está melhorando a vida dos imigrantes venezuelanos que vivem nos abrigos de Roraima.

Eles criaram pastilhas de sabão individuais, feitas de forma barata e econômica, que estão ajudando a reduzir os índices de desinteria em crianças e melhorando a higiene pessoal dos imigrantes.

O produto fez tanto sucesso, que ganhou o desafio Chama na Solução, uma iniciativa do YouthChallenge, que apoia projetos de jovens em 16 países, e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que apoia mudanças positivas que possam impactar a vida de todas as crianças e adolescentes do País.

O projeto foi apresentado este mês no Campus Party, um evento internacional de tecnologia. Por conta disso, o Coletivo Mosaico, associação promotora de movimentos educacionais, sociais, interativos e culturais, decidiu investir nas compras de 10 mil pastilhas de sabão para serem distribuídas nos 11 abrigos onde está sendo desenvolvida a campanha Se Ligaê: todxs contra o coronavírus.

“Investimos nas pastilhas para serem distribuídas como parte de um kit que será entregue às famílias de imigrantes. Queremos contribuir para o combate do coronavírus, pois as pastilhas de sabão vão ajudar na higienização das mãos, algo muito importante, principalmente na pandemia” disse Virginia Albuquerque, gerente pedagógica do Coletivo Mosaico.

Estudante conta como idealizaram as pastilhas de sabão

O jovem estudante Lucas Vinicius Bamberg Ferreira, de 16 anos, um dos integrantes da equipe HandsClean, contou que a ideia de criar as pastilhas de sabão para ajudar os imigrantes venezuelanos, foi bastante difícil de ser implementada, mas trouxe uma recompensa pessoal muito grande aos alunos.

“Quando participamos do desafio, tínhamos que encontrar soluções inovadoras para os problemas do cotidiano dos imigrantes e principalmente das crianças.

Queríamos inovar e achar uma solução prática para ajudar as pessoas. Quando saímos da nossa zona de conforto, conseguimos ajudar os imigrantes e principalmente as crianças, o que nos deu uma recompensa pessoal muito grande”

O jovem estudante explicou que a equipe contou com a ajuda dos professores, da Unicef e da Operação Acolhida, até descobrir o produto ideal para ser criado.