A jovem Juliana Rodrigues da Silva, de 20 anos, morreu no Hospital Geral de Roraima (HGR) após ter sido esfaqueada no pescoço no fim da manhã dessa sexta-feira, 17.
O ex-namorado da vítima, de 18 anos, foi autuado em flagrante ainda nessa sexta-feira, na DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) por crime de feminicídio.
De acordo com a Polícia Civil, o crime aconteceu por volta das 12h30, na Rua Dourado, no bairro Santa Teresa. A vítima e o infrator foram namorados e estavam separados há meses. A informação de uma amiga dela à Polícia é de que Juliana estava em outro relacionamento e grávida de quatro meses do atual namorado.
De acordo com informações prestadas pela delegada titular da DEAM, Verlânia Silva de Assis, a vítima tinha ido ao encontro do ex-namorado para receber um dinheiro que ele devia a ela. Dois amigos da jovem foram com ela ao local em que ele se encontrava, na casa de um colega do acusado. Entretanto, eles não chegaram a entrar na residência.
“Os amigos da vítima foram com ela até o local, mas não entraram na casa. Ela entrou sozinha e uma das testemunhas relatou ter ouvido o infrator dizer que a ainda a amava, que queria reatar e tentou lhe beijar, mas a vítima recusou e disse que não tinha intenção de reatar e que somente foi até ele buscar seu dinheiro. Em seguida essa testemunha ouve um grito da vítima e a viu com a mão no pescoço toda ensanguentada”, detalhou a delegada.
Testemunhas do crime acionaram a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Com a chegada da equipe socorrista, a mulher foi levada ao Pronto Socorro Francisco Elesbão e ainda chegou a ser levada ao Centro Cirúrgico, mas ela não reagiu aos ferimentos e morreu.
O Auto de Prisão em Flagrante (APF) contra o acusado foi lavrado pelo crime de tentativa de feminicídio, porque somente após a conclusão do procedimento e encaminhamento do preso para a Custódia, é que ocorreu o óbito, que foi informado ao Poder Judiciário.
“Com a morte da vítima e o APF já concluído e remetido à Justiça, nós comunicamos ao Poder Judiciário e haverá uma mudança em relação a essa tipificação do crime. Em seu interrogatório, o infrator estava acompanhado de seu advogado, mas sem condições de ser interrogado e deverá falar sobre o caso em juízo. A testemunha, amiga da vítima afirma que ela estava grávida e vamos aguardar o resultado do exame cadavérico para confirmar”, disse a delegada.