O músico Mc Frank completa 15 anos de trajetória à frente do rap roraimense, atuando desde o início com o objetivo de demonstrar a cultura da periferia de Boa Vista e dos municípios do Estado.
Em entrevista à Folha, o rapper diz que o que mais o marcou foi a aceitação e apoio em sua carreira pelo público. “Eu sempre achei que fosse me tornar uma pessoa da cultura, mesmo sabendo que tinha potencial, eu precisava ouvir isso das pessoas. No começo, o rap era muito criminalizado, hoje quinze anos depois nós quebramos muitas barreiras. Eu não esperava, eu sempre achei que poderia ser, e hoje me considero aceito pelo cenário artístico de Roraima e também fora do Estado” conta.
O músico começou em sua carreira solo, mas também é um dos criadores do Gang do Rap que considera seu período de maior luta no espaço musical. “Hoje além das músicas, faço palestras e canto músicas com reflexão gospel e com rimas positivas. A minha inspiração mudou” conta.
Seu rap ganhou um novo foco, mesmo falando sobre injustiças e minorias, o músico mistura a batida do hip hop com reflexões religiosas. “A minha proposta sempre foi de fazer rap sobre a cultura da periferia, não só em Boa Vista, mas de bairros periféricos do interior do estado. Eu me converti a Jesus e tenho essa inspiração na hora de criar a música” disse.
Devido a pandemia, muitos projetos do rapper não puderam sair do papel. “Estou mudando o nosso perfil para o virtual, a ideia é criar um canal, um programa de cultura virtual para fazer interação com outros artistas e público” contou. O músico divulga diariamente seu trabalho por meio de suas redes sociais no instagram @mcfrank_of.