A Polícia Federal informou nessa quarta-feira (22) que foi instaurado inquérito policial para a apuração da agressão da médica amazonense Maria Vanessa, de 38 anos, que teria sido agredida por indígenas Yanomami da região de Alto Alegre.
Por meio de nota, a Polícia Federal relatou que apura o fato e que não fornece maiores esclarecimentos acerca de investigações em andamento.
Maria Vanessa passou por uma cirurgia na tarde da sexta-feira (17). Integrante do programa Mais Médicos, ela teve os dois braços fraturados e cortes na cabeça. O caso foi supostamente motivado pela morte de uma criança.
ENTENDA O CASO – A médica, que trabalha na saúde indígena na região do Xitei, a 30 km da região de Surucucu, na Terra Yanomami, em Alto Alegre foi gravemente ferida. As agressões teriam ocorrido por volta das 20h da quarta-feira, 15. A profissional foi transferida de avião até Boa Vista e encaminhada ao HGR em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Conforme uma socorrista que acompanhou o trajeto, o estado de saúde da paciente é estável, apesar dos ferimentos na cabeça e fratura nos braços. A médica teria sido agredida com terçados e pedaços de madeira.
O presidente da Taner (Texoli Associação Ninam do Estado de Roraima) Gerson da Silva Xiriana, assinou uma nota lamentando o ocorrido e pediu que órgãos como a Funai, Polícia Federal e Ministério Público Federal apurem o fato.
O Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM-RR) cobrou providências dos órgãos de fiscalização após a repercussão do caso, para que “absurdos como este não venham se repetir”.
“É necessário urgentemente que as autoridades constituídas tomem providências para que fatos como estes deixem de existir, para que profissionais de saúde não corram mais o risco de serem maltratados, sofrendo agressões físicas, psicológicas e morais. Este Conselho exige providências urgentes das Autoridades sobre este fato específico, e clama para que absurdos como este não venham se repetir”, diz trecho da nota.
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