O turismo interno é uma grande tendência na retomada pós-pandemia, segundo pesquisas. Os destinos brasileiros devem se movimentar no segundo semestre de 2020. E, com o fim deste longo período de isolamento social, o contato com a natureza é um dos fatores que mais influenciará a escolha do próximo roteiro de viagem.
Em um país recheado de belezas naturais tão conhecidas, há ainda algumas paisagens pouco exploradas e que merecem a atenção dos visitantes nesse momento. É o caso, por exemplo, da Rota 174, que liga os estados do Amazonas e Roraima.
Em um percurso de 1.100 km, o roteiro apresenta cenários que se intercalam entre savanas e floresta amazônica, onde é possível desbravar cavernas, grutas, corredeiras, serras e cachoeiras.
Além disso, a integração das culturas indígena e cabocla também é bastante visível por lá, seja na gastronomia, no artesanato ou nas vivências das comunidades.
Com ajuda do pessoal da Roraima Adventures, confira cinco motivos para você conhecer a Rota 174 quando tudo isso passar. Confira as dicas abaixo:
Reconectar-se com a natureza
O roteiro que sai de Manaus e vai até a fronteira com a Venezuela, na comunidade de Paraitepuy é um excelente meio de se reconectar com a natureza após o isolamento social.
As atividades da rota são voltadas ao ecoturismo, como trilhas pelos atrativos amazônicos, descida nas corredeiras de rios e banhos nas famosas cachoeiras de Presidente Figueiredo.
A biodiversidade da região Norte
A exuberância da Amazônia já não é segredo para ninguém, mas a diversidade de paisagens e da fauna e flora dos destinos percorridos na Rota 174 chama a atenção e encanta a todos.
Seja pelos numerosos buritizais, pelos diversos pássaros a serem observados, ou pela vegetação de cerrado do sul de Roraima, é impossível não se surpreender com a rica vida natural desse roteiro.
Parques nacionais e chapadas pouco conhecidas
Roraima abriga dois Parques Nacionais ainda pouco conhecidos, o do Viruá e da Serra da Mocidade. Ambas áreas de proteção estão localizadas na cidade de Caracaraí e oferecem boas oportunidades de observar a rica vida silvestre da região.
Outro atrativo natural de Roraima que faz parte do roteiro é a Serra do Tepequém, na cidade de Amajari. No caminho para a serra, a paisagem vai mudando a cada quilômetro rodado. O cerrado e os igarapés que lembram o Pantanal vão, aos poucos, cedendo lugar à mata fechada. Conhecer o Tepequém é reviver um pouco a história de Roraima e apreciar um dos lugares mais deslumbrantes do Estado.
Mergulhar nas culturas indígena e cabocla
A Rota 174 percorre diversos destinos com forte influência indígena e, inclusive, algumas reservas, como a Waimiri-atroari, onde é possível observar pássaros e animais livres na natureza.
Nas cidades, facilmente identificamos também a presença de pratos da gastronomia cabocla, com ingredientes locais, além de cestarias e artesanato indígena. Os índios e suas lendas também permeiam o passado de toda a região.
Observar o Monte Roraima
Encerrando o roteiro, já na fronteira com a Venezuela, está um dos principais cartões-postais da região Norte: o Monte Roraima. A maior montanha plana do mundo, com 90 quilômetros de extensão no cume e 2810 metros de altitude impressiona mesmo de longe.
Apesar da Rota 174 não subir o monte –a expedição para isso exige condicionamento físico e dura, ao menos, sete dias– é possível admirá-lo da comunidade de Paraitepuy, situada no país vizinho. Dali, além de fazer boas fotos, o visitante consegue ter uma noção de sua grandeza e imponência.
Fonte: Catraca Livre