Empresário falta sessão da CPI da Saúde pela 4ª vez

O empresário convocado pela quarta vez para prestar esclarecimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI da Saúde) faltou novamente a reunião na Assembleia Legislativa (ALE-RR). O depoimento seria ouvido nesta segunda-feira, 03. 

Na ocasião, o requerimento do empresário Erick Barbosa foi lido na reunião pelo presidente da CPI, deputado Coronel Chagas (PRTB), justificando sua ausência. Segundo o documento, o empresário alegou que tomou conhecimento por meio da imprensa que teria sido intimado a prestar depoimento na CPI por três vezes e ainda que a Procuradoria Jurídica da ALE seria acionada para verificar quais providências poderiam ser adotadas.

O empresário solicitou ainda que fossem apresentadas as cópias dos mandados de citação devidamente assinados. “Reitera que não pretende se furtar de absolutamente nada tocante à oitiva, mas pede acesso irrestrito aos autos e a natureza dos fatos que lhe imputam. Assim sendo, tão logo seja situado pessoalmente comparecerá e prestará os devidos esclarecimentos”, disse Barbosa por meio de documento.

Sobre o assunto, o presidente da CPI negou as informações apresentadas pelo empresário, de que teria tomado conhecimento das convocações pela imprensa. “O secretário da CPI não logrou êxito em se encontrar pessoalmente com ele, mas o fez por meio de celular e também por funcionários. Tanto é que ele [Erick] fez justificativas de estar com covid e precisar de mais prazo para comparecer. Fato é que ele tomou conhecimento efetivamente, temos as devidas provas”, declarou.

Em razão da ausência, o relator deputado Jorge Everton (MDB) defendeu que a comissão requisite uma nova intimação de Erick Barbosa. E em caso de não comparecimento, o deputado reforçou que já existem elementos suficientes para conclusão do relatório a ser apresentado pela CPI com o indiciamento do empresário. 

“O meu requerimento é por uma nova intimação para que seja dada nova oportunidade, mas com as provas que já existem, não precisamos perder tempo  por que já existem elementos suficientes para o seu indiciamento”, disse. “Se este cidadão não está se dignificando a vir até a CPI para ser ouvido e ter a oportunidade de se defender das acusações que foram feitas à ele, nós precisamos evoluir. A saúde pública precisa de uma resposta rápida. Já completamos um ano de CPI. Se formos aguardar as testemunhas que querem ou não comparecer perderemos muito tempo”, justificou. O requerimento foi aprovado por unanimidade.

ENTENDA O CASO – Na semana passada, a CPI da Saúde informou que poderia adotar medidas junto à Procuradoria Jurídica da ALE para solicitar a prisão temporária do empresário, pela ausência do mesmo em três reuniões. A Folha entrou em contato com o empresário e aguarda retorno.