Entretenimento

O rock consagrado no final de semana

Fora as músicas e os amantes do rock, a Praça do Mirandinha estava lotada durante o final de semana

Por Roberta Cruz Colaboradora da Folha
Esse fim de semana ficou marcado por um dos eventos mais antigos e guerreiros do Rock Roraimense. Foram dois dias, na Praça do Mirandinha, de muita emoção e delírio aos amantes do gênero, com bandas locais e nacionais.
O Tomarrock resistiu ao tempo com muita disposição do Coletivo Canoa Cultural, que nunca deixou de acreditar no sonho real de trazer a Boa Vista momentos de alegria através do Rock para seus amantes, coisa que Manoel Rolla, integrante do Coletivo e vocalista da Mr. Jungle,  sabe que são muitos.
Como ele mesmo disse no último dia do evento: “Lutamos pela transformação social, pela cultura, arte de qualidade para os todos dos gostos sem cobrar nada”. A existência do Coletivo Canoa Cultural só é possível através das parcerias públicas e essa junção é um exemplo de como a arte pode atravessar barreiras e transpor o tempo.
Dois palcos marcaram os horários dos shows: o palco principal, o Monte Roraima, onde as bandas nacionais se apresentavam; e o segundo era o palco Tepequém, com shows incríveis de bandas locais. Os horários eram alternados nos dois palcos mantendo uma organização impecável.
No último dia do evento, bandas como Tartaruga e Red Roof tocaram no palco Tepequím, deixando claro, pela euforia do público, que o rock e outros gêneros serão sempre parte da cultura mundial. Outras bandas também mostraram sua qualidade: a banda Dr. Yoko e a mais antiga e querida da cidade, a banda Garden. O público cantava junto e nenhum show deixou de ser assistido.
Abriu a noite no palco principal, Monte Roraima, a banda Missil Javali, seguida pelas bandas M-Nencia e Projeto Churras. No final da noite, foi a vez da atração nacional mais esperada do evento: Móveis Coloniais de Acaju do DF. E como deixou dito o vocalista André Gonzáles depois do show: “Para além do Equador. Para além do calor. Boa vista nos deu amor”.
Fora músicas e amantes do rock, a Praça do Mirandinha estava lotada de pessoas bonitas e felizes. Um artista plástico pernambucano, Arkan, que trabalhava sua tela ao ar livre, aos olhos de todos, disse gostar de trabalhar assim e deseja produzir mais e fazer sua exposição na cidade. Sua tela a óleo não poderia deixar de ser um guerreiro índio, incrivelmente bem produzido.
Entre as pessoas circundantes, artistas vários, uma artesã de mandalas, que trabalha com fios de linha. Uma arte diferente, produção de mandalas coloridas e delicadas. Uma ótima opção para decoração de casas.
O Tomarrock deixará saudades. Todos os organizadores e colaboradores, bravos guerreiros: Manoel Rolla, Jéssica Costa, Vinicius Tocantins, Cláudio Lavôr e, como bem finalizou o produtor Ofuji, da banda Móveis Coloniais de Acaju: “Em Boa Vista, a felicidade reinará!”.