O assassinato da autônoma Kelly Cristina Castilho Carneiro, de 48 anos, ocorrido no último dia 15, na rua Bonfim, no bairro Pérola, foi esclarecido pela Polícia Civil. Os autores do crime foram presos em flagrante nesta terça-feira, 18, após diligências e buscas continuadas. Um dos envolvidos é o próprio filho da vítima, de 27 anos. A mulher foi morta a golpes de martelo e de faca.
De acordo com informações do diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Cristiano Camapum, a equipe da Delegacia Geral de Homicídios (DGH) esteve no local no dia do crime e iniciou as investigações. O caso foi esclarecido devido as investigações da DGH e Núcleo de Inteligência (NI).
Camapum relatou que, inicialmente, os policiais levantaram a informação de que a vítima teria discutido com uma pessoa na sua casa antes de morrer, e que possivelmente o autor seria o ex-marido dela. Contudo, a informação foi descartada logo no início. “Inclusive ele se apresentou espontaneamente na delegacia para esclarecimentos dos fatos”, disse o diretor.
O aprofundamento das investigações apontou que o autor do crime era o próprio filho da vítima. As informações foram compartilhadas entre os policiais da DGH e do NI e as investigações levaram os agentes a localizar o telefone da vítima, que estava sendo usado com outro número.
A mulher que usava o telefone foi localizada e confirmou que comprou o aparelho do filho da vítima, ainda no sábado à noite, data em que aconteceu o crime, mas que não sabia que era roubado.
Na continuidade das diligências, os policiais localizaram o filho da vítima, que é integrante de uma facção criminosa, na residência de uma irmã, no bairro Buritis. Inicialmente, ele negou qualquer envolvimento com o homicídio, mas diante de todas as evidências decidiu colaborar com as investigações.
O CRIME – O filho da vítima confessou aos policiais que matou a mãe por ela ter envolvimento com integrantes de uma facção rival à sua e que, para realizar o crime, contou com a ajuda de um rapaz de 21 anos, também integrante de uma facção.
Ele relatou que deu duas marteladas na cabeça da vítima e que seu comparsa foi quem desferiu as facadas. A venda do celular da vítima ocorreu após o crime. O comparsa foi localizado e preso na casa dos pais dele, na sede do município do Cantá. Ele confessou o crime no ato da prisão e disse que o filho foi o responsável pelas marteladas e primeiras facadas.
Os policiais realizaram diligências para localizar o martelo e a faca que foram utilizados no crime, mas não os encontraram. Os dois homens foram autuados em flagrante por homicídio triplamente qualificado.
Como o crime teve a participação do filho da vítima, uma das qualificadoras foi o feminicídio, por motivo torpe, de forma que impossibilitou a defesa da vítima. Além disso, os dois foram autuados por crime de organização criminosa.