A deputada estadual Yonny Pedroso (Solidariedade) esteve hoje na Associação Grupo de Mães Anjos de Luz, localizada no bairro Caranã, para acompanhar o trabalho voluntário realizado por essa instituição, com o objetivo de ouvir as necessidades das pessoas com deficiência, para a elaboração de políticas públicas de inclusão e acessibilidade. “Vou propor uma articulação da Assembleia Legislativa com o governo para melhorar as condições de atendimento na saúde, nas delegacias, nas escolas”, disse a parlamentar.
“Como hoje é o Dia Nacional do Voluntariado, nossa intenção foi conhecer de perto o trabalho realizado pela associação para verificar de que forma podemos articular um apoio mais efetivo do poder público, uma vez que a Das Dores e seu grupo de voluntários realizam um trabalho que é obrigação do governo e da prefeitura, com o acolhimento e abrigamento de crianças, adultos e idosos com deficiência. Tem pessoas que estão há dez anos sob os cuidados dessa entidade porque nem a família nem o poder público assumiram sua responsabilidade”, observou.
A deputada ouviu a presidente da Associação Anjos de Luz, Maria das Dores, visitou as instalações da entidade e conversou com os internos. “Essas pessoas estão muito bem atendidas e o que precisam é da garantia de políticas públicas para assegurar seus direitos. Vou elaborar projetos de lei, fazer indicações e fiscalizar esse trabalho”, destacou.
Maria das Dores relatou que enfrenta dificuldades na Delegacia da Pessoa com Deficiência, por falta de acessibilidade e de viatura própria para cadeirantes, por exemplo. Conforme ela, também não há um cadastro específico de notificação de casos de violência sexual contra pessoas com deficiência. “Também falta capacitação para profissionais de órgãos como o Instituto Médico Legal para atender vítimas de violência sexual com autismo, por exemplo. Os Conselhos Tutelares precisam de estrutura e de capacitação para lidar com esse público também”, informou.
Yonny Pedroso se comprometeu fazer um mapeamento da legislação estadual que trata dessa questão, para suprir as lacunas existentes para garantir que as pessoas com deficiência tenham o tratamento prioritário que merecem.
A presidente da Associação observou ainda que embora a entidade seja de interesse público, reconhecida pelo município, pelo Estado e pelo Governo Federal, sobrevive exclusivamente com as doações de pessoas físicas e jurídicas.
A Associação atende hoje 19 internos, entre crianças, jovens, adultos e idosos. Em todo o Estado, são mais de 11 mil famílias que recebem assistência, como acompanhamento médico, cestas básicas. Todas as pessoas que prestam serviço são voluntárias e a entidade sobrevive de doações.
“Temos necessidade de material de limpeza, higiene pessoal, fraldas, alimentos, roupas, calçados, combustível, medicamentos e de recursos financeiros para o custeio das contas de água e luz”, disse Das Dores, ao informar que os interessados em doar podem ligar para o número (95) 99122 4796.