Mesmo com a portaria restringindo a entrada no Brasil de estrangeiros por rodovias, por outros meios terrestres ou transporte aquaviário, os centros de triagem para atendimentos a imigrantes em Roraima continuam atendendo grande demanda de imigrantes.
Só nos dois primeiros dias do mês de setembro, 460 imigrantes foram atendidos, sendo 256 no dia 1º de setembro, e 204 nessa quarta-feira, 2. Os dados foram repassados pela Operação Acolhida.
Os atendimentos são feitos nos centros da Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), OIM (Organização Internacional de Migração e Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), Polícia Federal, Sócio Assistencial, CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) e UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas).
Fila em frente ao posto de triagem da Polícia Federal em Boa Vista (Foto: Divulgação)
Ainda de acordo com a Operação Acolhida, mesmo com o fechamento da fronteira entre os dois países, os atendimentos não podem parar.
“Há casos de venezuelanos que já moravam em Pacaraima antes da fronteira fechar e só agora estão querendo passar pela Acolhida, além dos que estão em ocupações espontâneas e que decidem receber atendimento no posto de triagem. São pessoas que possuem o chamado ‘permiso’ anterior ao fechamento da fronteira e estão obtendo renovação. O ‘permiso’ é um tipo de autorização de entrada no país emitida pela Polícia Federal”, informou a Operação.
PORTARIA – A publicada no Diário da União, edição 164-A, do dia 26 de agosto, que trata do fechamento de fronteiras, autoriza hipóteses de entrada no País por rodovias, por outros meios terrestres ou por transporte aquáviário, a estrangeiros de cidades-gêmeas nas fronteiras. No entanto, exclui a divisa de Pacaraima com Santa Elena de Uairén, na Venezuela. Assim, não pode haver trânsito de pessoas entre os dois países. Quem fizer a travessia de maneira ilegal está impedido de ser atendido pela Operação Acolhida e sujeito a deportação.