Cotidiano

Apostas terão valores reajustados em 40%

Preços das apostas da Mega-Sena, Lotofácil e Quina sofrerão reajuste a partir de 24 de maio

Os apostadores que têm o hábito de tentar a sorte em jogos da loteria terão que pagar mais caro pelos jogos a partir do dia 24 deste mês. Os preços da Mega-Sena, Lotofácil, Quina, Dupla-Sena e nas loterias esportivas Loteca e Lotogol sofrerão reajuste de 40%. A portaria publicada no Diário Oficial da União do dia 29 de abril autoriza a Caixa Econômica Federal a fazer o novo reajuste.
A Caixa fica autorizada a elevar os preços da aposta mínima (de seis números) da Mega-Sena, passando o valor de R$ 2,50 para R$ 3,50 para as vendas a partir de 24 de maio. No caso da Lotofácil, o preço da aposta subirá para R$ 2,00. Para a Quina, o valor da aposta de cinco números será reajustado para R$ 1,50.
No caso da Dupla-sena, o preço da aposta de seis números passa a R$ 2,00. Para a Loteca, a aposta simples passa a ser de R$ 1,00. Os preços das apostas da Lotogol passam a ser de R$ 1,00. Com as elevações das apostas mínimas, sobem também, proporcionalmente, as apostas múltiplas dessas loterias.
APOSTADORES – A notícia do aumento no valor das apostas pegou os apostadores de surpresa. Muitos ainda nem sabiam que o preço seria reajustado. “Aumenta tudo. Tenho o costume de fazer aposta na Lotofácil toda semana. Ainda não sabia do aumento, mas agora com certeza vou diminuir minhas apostas. Complicou um pouco, mas fazer o quê?”, questionou o corretor de imóveis, Roberto Cardoso.
Até quem não tem o costume de fazer apostas nas casas lotéricas da Capital considerou o reajuste abusivo. “Penso que essa avaliação de valor vai pesar muito no bolso de quem aposta e vai complicar muita gente”, disse o funcionário público Gleison dos Santos.
Economista avalia que reajuste deve provocar ‘efeito colateral’
O professor e economista da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Eloi Senhoras, explicou que o aumento no valor das apostas das loterias é reflexo do ajuste fiscal realizado pelo Governo Federal. “Tudo que é recurso da loteria, em geral, é revertido nas próprias políticas governamentais da Caixa Econômica. O ajuste, que deveria ser propriamente do governo, acaba predominantemente caindo sobre a população”, salientou.
Para ele, a ótica usada pelo governo deve fazer com que o número de apostas sofra um “efeito colateral”. “Pode haver uma diminuição no número de apostas. Com isso, com certeza a arrecadação pode diminuir. É um risco o governo tomar esse tipo de medida, principalmente no momento que se tem uma inflação correndo em vários produtos e serviços básicos. A aposta vai ser uma das últimas coisas que o indivíduo vai pensar em fazer algum tipo de aplicação”, avaliou. (L.G.C)