*Esta matéria foi atualizada às 11h17
Quatro adolescentes venezuelanos, dois meninos de 12 e 13 anos e duas garotas de 17 anos, foram apreendidos na noite desta quarta-feira (9), suspeitos por atacarem com tapas e facas uma cuidadora de 23 anos, servidora de um abrigo de acolhimento no bairro Paraviana, zona Norte de Boa Vista. O local também foi depredado.
De acordo com a Polícia Militar, por volta das 18h30, o corpo técnico do abrigo iniciou uma reunião com os adolescentes para explicar as novas regras do local. Segundo uma psicóloga de 35 anos, os infratores passaram a falar mais alto e não respeitavam a autoridade da gerente. A servidora pediu por respeito e uma das infratoras disse que “a conversa não era com ela”.
Neste momento, a vítima se aproximou e relatou que as duas adolescentes já tinham apresentado problemas mais cedo por conta das novas regras. Conforme a PM, a mesma infratora se irritou e começou a atacar a cuidadora com ajuda da outra adolescente. Os dois meninos pegaram facas de mesa e também foram em direção à mulher.
Os outros funcionários correram para ajudar e detiveram o ataque, mas a vítima sofreu ferimentos no olho, orelha e braços. Os adolescentes também atacaram o carro do coordenador e quebraram portas, janelas, vasos ornamentais e motor elétrico do portão do abrigo.
Uma equipe do 1º Batalhão da PM foi acionada para atender a ocorrência e encaminhou os quatro adolescentes ao 5º Distrito Policial. Na delegacia, a vítima conversou com a reportagem e bastante abalada, disse que nunca tinha passado por uma situação do tipo na vida.
A FolhaBV apurou que o delegado plantonista decidiu lavrar o auto de apreensão em flagrante por ato infracional (aafai) contra o quarteto. Na manhã desta quinta-feira (10) eles devem ser apresentados à justiça especializada.
SETRABES – Em nota, a Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social informou ter adotado todos os procedimentos necessários quanto ao caso envolvendo uma servidora da Casa Lar, sob a coordenação da Setrabes, com apoio Unicef.
Disse que de imediato foi acionado o juizado da Infância e Adolescência, Conselho Tutelar e os menores foram apresentados à autoridade policial para as medidas cabíveis. A servidora recebeu todo o cuidado e atendimento necessários.
Informou ainda, que os menores já se encontram no Centro Socioeducativo (CSE) para serem cumpridas as medidas socioeducativas determinadas pela Justiça.
*Matéria atualizada com a resposta da Setrabes