Nesta quarta-feira (16), a CPI da Saúde (Comissão Parlamentar de Inquérito), da Assembleia Legislativa de Roraima, ouviu o gerente geral da Coopebras (Cooperativa Brasileira de Serviços Múltiplos de Saúde em Roraima), sobre a prestação do serviço em Roraima.
Após o depoimento da testemunha, o presidente da CPI, Coronel Chagas (PRTB) informou que um fato que chamou atenção foram transferências bancárias da cooperativa para outras empresas, saques e os salários significativos de membros. “Temos que ver onde está o erro nesse contrato, é a taxa de administração que está muito alta, 10% em cima do produzido em plantões pelos médicos? Tem que ser avaliado porque tá deixando uma margem, uma sobra de valores muito alto.”
Para o vice-presidente da comissão, Nilton Sindpol (Patri), o Estado deve suspender esse contrato com a cooperativa. Ele protocolou um requerimento recomendando essa medida. “Esse recurso deveria ser utilizado para outras necessidades da saúde pública.”
Na oitiva, o depoente disse que desconhece denúncias formais de médicos receberem sem cumprir escalas, que é uma das principais reclamações que recaem sobre a cooperativa. “Só que nunca chega uma coisa concreta. O profissional tal recebeu sem trabalhar, o nome dele para a gente averiguar. São conversas assim sem objetividade, sem nomenclatura para a gente verificar de fato. Não ouvi falar disso”.
Também participaram da oitiva, os deputados Jorge Everton (MDB), Evangelista Siqueira (PT), Renato Silva (Republicanos) e Eder Lourinho (PTC). Este é um dos 40 contratos investigados pela comissão que neste mês completou um ano de trabalho.
Os depoimentos são realizados no plenário Noêmia Bastos Amazonas, com transmissão ao vivo pela TV Assembleia (canal 57.3) e redes sociais (Facebook e Youtube) da Assembleia Legislativa (@assembleiarr).