O apoio familiar no tratamento de pacientes acometidos pelo Alzheimer é essencial. Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) revelam que as pessoas podem reduzir o risco de desenvolver a doença ao praticar exercícios regularmente, não consumir tabaco, evitar o uso de bebidas alcoólicas, controlar seu peso, ter uma alimentação saudável e principalmente estimular o cérebro.
O médico neurologista Felipe Queiroz, que atua na rede hospitalar em Roraima, ressalta que o apoio da família e amigos é de fundamental importância.
“Os pacientes precisam ao longo de sua vida de um cuidado familiar mais próximo, pois são pessoas que vão perdendo cada vez mais a sua independência com o decorrer da doença. Quem tem um familiar com Alzheimer, ou conhece alguém que já cuidou de um parente com a doença, sabe que a experiência não é nada fácil. Por isso, é fundamental que haja o apoio familiar”, afirma.
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta a memória, o comportamento e outras funções mentais de forma progressiva. Os primeiros sintomas são a perda de memória recente, repetição da mesma pergunta várias vezes, dificuldade para acompanhar conversas, irritabilidade, mudanças de personalidade e perda de memórias mais antigas. Por isso, o cuidado com a pessoa que tem Alzheimer deve ser redobrado, pois a doença é progressiva e não tem cura.
O médico recomenda que é fundamental obter informações sobre a doença e como ela evolui, para que o acompanhamento do paciente possa ser realizado da maneira mais adequada e, com isso, mantê-lo inserido socialmente.
Como profissionais, nós buscamos entender a demanda particular para tentar trabalhar na melhora de alguns pontos na vida do paciente, pois é fundamental entender o contexto familiar onde o paciente está inserido. Isso é tão importante quanto se atentar a medicamentos”, esclarece.
Em Roraima, o tratamento pode ser realizado de forma gratuita, por meio CMECM (Clínica Médica Especializada Coronel Mota), que disponibiliza a consulta com o médico neurologista. “Depois do diagnóstico feito pelo neurologista para saber qual o estágio da doença, é de fundamental importância que esse paciente receba o tratamento médico adequado e multidisciplinar, contando com o acompanhamento de um psicólogo e fonoaudiólogos”, destaca o neurologista.
O médico neurologista Felipe Queiroz recomenda que é fundamental obter informações sobre a doença e como ela evolui, para que o acompanhamento do paciente possa ser realizado da maneira mais adequada e, com isso, mantê-lo inserido socialmente (Foto: Divulgação)
Manual do cuidador
Com o objetivo de proporcionar o entendimento da doença pela sociedade, o MS (Ministério da Saúde) elaborou um manual do cuidador, com orientações para profissionais que cuidam de pessoas idosas, com Alzheimer ou não.
O Guia Prático se destina a orientar cuidadores na atenção à saúde e esclarecer de modo simples e ilustrativo os pontos mais comuns desse cuidado, estimulando o envolvimento da família, da equipe de saúde para promover melhor qualidade de vida para quem cuida e quem é cuidado.
“É indispensável a orientação do profissional de saúde para ajudar tanto o paciente quanto a família a entender melhor a questão. É preciso deixar de lado o estigma e trabalhar no fortalecimento dos laços. É o que faz toda a diferença para obter uma melhor qualidade de vida ”, enfatiza o especialista.
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