Os policiais militares supostamente envolvidos em agressões de menores custodiados no Centro Socioeducativo (CSE) serão investigados. O caso registrado em vídeo ocorreu em 2018.
Segundo informações da Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes), foi realizada uma reunião com representantes das forças de segurança do Estado e do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente na manhã desta quinta-feira, 01, para apurar as denúncias protocoladas recentemente no Ministério Público Estadual.
Foram solicitadas ainda informações junto à Polícia Militar acerca dos procedimentos a serem adotados diante da conduta dos policiais, informou a titular da Setrabes, Tânia Soares. “Tão logo tomamos conhecimento dessa denúncia, encaminhamos ofício ao Comando da Polícia Militar solicitando informações sobre a apuração dos fatos que envolvem a atuação do Bope [Batalhão de Operações Especiais] dentro do CSE”, informou. “Da mesma forma, a direção do CSE nos solicitou providências administrativas para apurar os fatos”, completou.
O coronel Francisco Castro, comandante Geral da PMRR, destacou que o intuito é buscar todas as informações possíveis a serem trabalhadas para averiguar as denúncias que foram apresentadas e colaborar de forma conjunta para dar respostas à sociedade.
“Defendo que é preciso trabalhar em conjunto, verificar o que cada um pode contribuir e o que pode ser feito coletivamente para as respostas necessárias”, disse.
ENTENDA – A apuração ocorre em razão de episódio registrado em 2018, durante entrada do Bope na unidade. Com a repercussão do vídeo, a Setrabes informou que estava verificando o fato ocorrido na gestão anterior junto às autoridades competentes, além de ter comunicado o fato ao Judiciário.
“Desde 2019, não ocorreu a necessidade de intervenção policial no CSE onde o protocolo para a entrada da força policial deve antes ser comunicado e autorizado pelo judiciário. É importante destacar que após esta gestão assumir, os adolescentes estão cumprindo medidas socioeducativas, e encontram-se com seus direitos garantidos de acordo com o ECA e Sinase, bem como são acompanhados periodicamente pelo Ministério Público do Estado de Roraima e Vara da Infância e Juventude”, informou.