Gestante de seis meses, a professora Tallita Oliveira, 34 anos, moradora de Caroebe, tem passado dias de preocupação por conta de uma medicação que ela necessita tomar diariamente, e que estaria em falta na Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica (CGAF).
Tallita é portadora de trombofilia, doença hereditária caracterizada pela formação de trombos, ou coágulos de sangue, o que pode comprometer o desenvolvimento do bebê durante a gestação, podendo causar aborto. O problema é causado por deficiência na ação das enzimas responsáveis pela coagulação sanguínea.
O tratamento da doença é feito com o medicamento Enoxaperina, que deve ser tomado diariamente pela gestante até 30 dias após o parto. “Eu pego mensalmente, e desde o mês passado a CGAF informa que não está tendo no estoque. Cada injeção custa cerca de R$70, um custo muito alto mensal, e eu estou muito preocupada com isso”, contou a gestante.
OUTRO LADO – Por meio de nota, a Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica (CGAF) informou que o medicamento Enoxaparina (Clexane) 40mg/ml foi incorporado ao Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), conforme a Portaria Conjunta Nº 4, que trata sobre o Protocolo Clínico e de Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde, para o tratamento de tromboembolismo venoso em gestantes com a trombofilia no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde).
A nota diz que a gestante deve procurar a CGAF no horário das 8h às 12h, de segunda a sexta-feira, para efetuar o cadastro e, após confirmação pelo MS sobre a necessidade do repasse da medicação, passará a ser atendida.
Ressalta que a CGAF ainda não recebeu as remessas do MS. Por este motivo, as pacientes ainda não começaram a ser atendidas.
A Coordenação comunica que já está em contato com o Ministério da Saúde definindo estratégias para garantir o reforço do estoque, para que as demandas relacionadas a essa medicação possam ser atendidas o mais breve possível.