Quem procurou o pronto-atendimento do Hospital Geral de Roraima (HGR), nesse final de semana, entrou em contato com a FolhaBV para denunciar que a unidade de saúde estava sem médicos desde a noite de sábado e do domingo.
“Estava lotado o pronto-atendimento, e não tinha médicos. Procurei saber o que estava acontecendo e não tive resposta. Cheguei ao HGR por volta das 5h desse domingo com meu irmão que precisava de atendimento urgente, mas não conseguiu ser atendido imediatamente, o que aconteceu por volta das 9h”, disse uma familiar de paciente, que pediu para não ser identificada.
A reportagem entrou em contato com a presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM-RR), Rosa Leal. Ela informou que desconhece essa falta de médicos no HGR. “Acho que isso é história, porque não fica sem médico. Pode até ter sido reduzido o número de médicos, mas não fica sem”, afirmou.
Rosa comentou que, desde quando assumiu o CRM, tanto o Conselho como os profissionais médicos têm zelado por uma boa medicina. “Faço um apelo aos parlamentares, para que se preocupem em conseguir recursos para melhorar a saúde do Estado, que está sucateada. Nós jamais deixaríamos um hospital sem ter pelo menos um médico para atender”, ressaltou a presidente do CRM.
“A Saúde precisa de atenção e urgente. O HGR é um hospital que tem 29 anos de fundação e foi construído sem previsão do aumento da população. Os equipamentos não foram trocados, estão todos sucateados, vivemos improvisando, dando um jeitinho. Então é necessários conseguir recursos para manter a unidade em pleno funcionamento, para atender melhor a população, mas para isso tem que melhorar a estrutura física e os equipamentos, e ter materiais”, disse.
HGR – A Direção do HGR (Hospital Geral de Roraima) informou, por meio de nota, que está em andamento uma readequação da escala de trabalho dos médicos que atuam na unidade. Ressaltou que o HGR é um hospital de alta complexidade que atende às demandas de todo o Estado. Foram priorizados os atendimentos de casos graves, mas ninguém ficou desassistido.
Em relação à Maternidade, está em processo também a readequação da escala de trabalho dos plantonistas, mas todos os esforços estão sendo empreendidos para não prejudicar o atendimento.