A população em Roraima têm percebido um aumento recorrente dos produtos alimentícios todas as vezes que vai ao mercado fazer compras. A avaliação é que o crescimento também é relacionado com a pandemia do covid, considerando que as pessoas tem optado por fazer suas refeições em casa tendo em vista as regras de distanciamento social.
O economista e secretário-adjunto da Secretaria Estadual de Planejamento, Fábio Martinez, informou em entrevista ao programa Agenda da Semana na Rádio Folha 100.3 FM neste domingo, 25, que alguns pontos fizeram com que ocorresse o aumento dos preços, em especial, a alta demanda.
“Muita gente estando em casa acaba aumentando a alimentação dentro de casa e, consequentemente, aumenta as idas ao supermercado. Tem mais gente querendo consumir. O auxílio emergencial ajudou para isso, até por que foi esse o motivo da sua criação, para subsidiar o recurso das pessoas neste período de pandemia”, afirma.
Outro ponto levantado pelo economista é o aumento das exportações, que pode ser considerado positivo para o Estado por gerar mais emprego e renda, porém, por outro lado, diminui a oferta de produtos disponível para a população local.
“Ou seja, aquele produto que é vendido para China, Venezuela e Estados Unidos, a gente acaba tendo a receita da venda, mas tem um item à menos no mercado local. Quanto menos produto à disposição, mais o preço que ele fica”, completa.
SOLUÇÃO – Para mudar a realidade de aumento dos preços, o secretário adjunto sugere a retomada da confiança do país, adoção de reformas e o teto de gastos para evitar uma desvalorização do real.
“Sabemos que isso não é algo rápido. Precisamos aprovar algumas reformas essenciais para o Brasil voltar a crescer, como a reforma tributária. Temos uma burocracia muito alta para recolher impostos e isso dificulta muito a vida do empresariado”, alerta. “Acho que vamos ter uma melhora na abertura de empresas e geração de empregos, mas não devemos ver uma queda do percentual de preços somente a partir de 2021”. complementa.
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