É provável que a maioria das pessoas não conheça a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). E essa nomenclatura complexa resume os sintomas e a gravidade da doença, que tem uma mortalidade bastante alta.
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), até 2030 a previsão é que a doença se torne a terceira causa de morte no mundo. Já no Brasil é a quarta causa de mortalidade: estima-se que 40 mil brasileiros morram todos os anos em decorrência de complicações da doença.
Segundo o presidente da SPPT, Frederico Fernandes, destaca que essa doença é bastante comum, prevenível e tratável. “Caracteriza-se por uma inflamação nos brônquios que leva a uma redução da passagem de ar (bronquite). Também acarreta uma destruição dos alvéolos pulmonares, substituindo os tecidos pulmonares por grandes vazios (enfisema pulmonar)”, alertou.
É comum ocorrer períodos de “exacerbação”, ou seja, uma piora aguda da condição pulmonar e dos sintomas. Isso causa grandes riscos para a pessoa com DPOC. A doença geralmente acomete pessoas acima dos 50 anos, mas também pode atingir adultos jovens.
VEJA, A SEGUIR, OS PRINCIPAIS SINTOMAS
Esses sintomas afetam muito o dia a dia de quem sofre com DPOC. Mas, infelizmente, ela ainda é bastante desconhecida, até mesmo por quem tem o problema.
“A maioria das pessoas não tem a menor ideia do que DPOC signifique. A alta mortalidade da doença é um fator importante, mas ela leva a uma intensa perda de capacidade funcional fazendo com que ocorra uma diminuição na qualidade de vida. A pessoa passa a depender de medicações e tratamentos para recuperar sua funcionalidade, às vezes, por toda vida”, explica Fernandes
O QUE CAUSA A DPOC
O principal fator de risco é o tabagismo cerca de 85% dos casos ocorrem por causa dele. Por isso, fumantes (e também passivos) e ex-tabagistas estão entre os mais atingidos pela DPOC. Estima-se que cerca de um a cada cinco fumantes desenvolve a doença. Isso ocorre porque as partículas e os gases tóxicos do tabaco causam inflamações nos pulmões.
Há também casos de pessoas com predisposição genética para a DPOC. Acredita-se que 5% dos indivíduos com a doença tenham deficiência de uma proteína chamada alfa-1-antitripsina.
Quem tem asma ou outras condições respiratórias também está mais suscetível à doença. E algumas profissões expõem trabalhadores a fatores de risco para a DPOC é o caso de quem trabalha com produtos químicos, gases e poeira sem proteção. Ao inalarem esses poluentes com frequência, comprometem seriamente os pulmões.
Com informações do Portal de Notícias UOL