A servidora pública Fernanda Cantanhede costuma ir às compras semanalmente e está sempre atenta aos preços dos produtos.
Para quem comprava o quilo do patinho por quase 30 reais, ao chegar no setor de carnes de um supermercado localizado no Centro de Boa Vista, ela se surpreendeu com o quilo do patinho que está sendo vendido por 48 reais.
Com o preço nas alturas, ela saiu e foi a um supermercado no bairro Paraviana e conseguiu comprar a mesma quantidade da mesma carne por 30 reais. “Ultimamente temos que pechinchar. A solução é pesquisar ou reduzir o consumo. Faz bem para o bolso e para a saúde”, ressaltou a servidora pública.
A Coopercarne informou que o preço está estável e sem alterações.
FGV – O presidente da Coopercarne (Cooperativa Agropecuária de Roraima), Nadson Pinheiro, informou que, em Roraima, o preço está estável e sem alterações. O último aumento foi dado no início de novembro.
De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o valor da carne bovina subiu 37% nos últimos 12 meses. O motivo, segundo André Braz, economista da FGV, é o aumento do volume de exportações de carne bovina brasileira para a China.
“Esse movimento de exportação desabastece o mercado brasileiro e o preço aqui acaba aumentando”, explica. O país exportou, de janeiro a setembro deste ano, 10% a mais do que no mesmo período de 2019.
O economista aponta ainda que o aumento no preço de rações para gado, como milho e soja, também influencia na alta da carne, visto que o valor desses insumos é cotado em dólar.
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