Um mapeamento feito pela Sociedade Brasileira de Radioterapia e divulgado este mês revelou que, no Brasil, a média de deslocamento para um procedimento de radioterapia é de 76 quilômetros.
No entanto, a desigualdade de acesso escancara uma distância média que varia de 33 km no estado de São Paulo a 1605,5 km, que é a distância média percorrida por um paciente que reside em Roraima.
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) informou que os pacientes oncológicos com indicação de radioterapia são atendidos por TFD (Tratamento Foda de Domicílio).
Para reduzir a necessidade de vezes que o paciente precisa se deslocar uma medida adotada é o hipofracionamento, técnica que permite utilizar, de forma segura eficiente, menos aplicações com frações mais altas de radiação por sessão comparada ao método convencional.
“O tratamento é mais rápido e ainda preserva os resultados terapêuticos. Na prática, significa que ao invés das 40 sessões de tratamento, o paciente poderá ser submetido a 20 (hipofracionamento moderado) ou até a cinco sessões (hipofracionamento extremo), explicou o radio-oncologista e presidente da Sociedade Brasileira de Radioterapia, Arthur Accioly Rosa
Projeto de Extensão da Radioterapia
Ainda segundo a Sesau, Roraima foi contemplado pelo Ministério da Saúde (MS) com o projeto de extensão da radioterapia, a estrutura física e o acelerador linear.
O serviço de radioterapia será interligado ao Hospital Geral de Roraima (HGR). A obra, cuja responsabilidade é do MS, começou em 2018, mas ainda não foi concluída, em razão de discordâncias entre o Ministério da Saúde e a empresa responsável pela construção.
A obra, orçada em R$ 7,2 milhões, deveria ter sido concluída em julho de 2019 (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
De acordo com a Sesau, foi feita uma nova licitação, mas, por causa da pandemia de COVID-19, o processo encontra-se parado.