A operadora de caixa Silvana Magalhães de Souza, de 35 anos, foi casada por 10 anos com o pedreiro Ednaldo Alves da Conceição, de 44 anos, depois da separação, a vida da mulher se tornou um inferno.
Após várias agressões, ela conseguiu na Justiça uma medida protetiva contra o agressor, porém, no dia 19 de maio deste ano, ela foi brutalmente assassinada pelo ex-companheiro.
Infelizmente, o caso de Silvana não é uma exceção. Diariamente, mulheres são agredidas física e verbalmente pelos seus companheiros, muitas chegam a ser mortas.
De acordo com dados da Polícia Civil, este ano, até o mês de setembro, foram registrados quatro casos de Feminicídio em Roraima.
A delegada da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Verlânia Assis, alertou para os indícios que revelam um comportamento agressivo.
“A mulher precisa observar se o companheiro corresponde à pretensão dela. O fato de ele já ter agredido outras mulheres, ingerir bebida alcoólica e ficar violento, o ciúme possessivo, impedimento de falar com outras pessoas. O agressor geralmente tenta isolar a mulher dos familiares e amigos”, explicou.
Ainda de acordo com a delegada, a violência domestica e familiar contra a mulher muitas vezes não se revela de imediato. “Muitas vezes o ciclo se inicia com ofensas verbais, intimidações, quebrar o celular, a motocicleta, o carro, rasga alguma roupa, ai começam as agressões físicas e algumas vezes chegam ao Feminicídio”, acrescentou Verlânia.
Verlânia destacou ainda que muitas mulheres suportam as agressões para manter a família. “A mulher muitas vezes traz pra si um fardo muito pesado, ela acha que precisa suportar a violência para manter a família. Mas muito pelo contrário, se a relação entre o casal não for harmoniosa, não for um bom ambiente, ela estará colocando os seus filhos para vivenciar um sofrimento diário e aprender que aquela violência é normal”, enfatizou.
AJUDA – A mulher que sofre algum tipo de violência conta com serviços especializados na Casa da Mulher Brasileira, que funciona 24 horas, com acolhimento, delegacia especializada, assistência social e Defensoria Pública.
As mulheres podem solicitar ajuda também pelos telefones 100, 180 e pelo 190 da Polícia Militar.
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