Cotidiano

Aumento nos preços faz roraimenses mudarem hábitos alimentares

Por conta dos vários reajustes em Roraima nos preços da carne bovina e do gás de cozinha, famílias tentam se readaptar para não comprometerem o orçamento

No ano de 2020 em Roraima, ocorreram sucessivos aumentos no preço do gás e da carne, o que impactou o orçamento de muitas famílias, que tiveram que fazer ajustes nas contas e nos hábitos alimentares.

Segundo o economista Fábio Martinez, os itens que se referem alimentação e gás de cozinha, tiveram os maiores reajustes, com um aumento de quase 16%.

O economista ressalta que por mais que algumas famílias tentem substituir esses itens para economizar, é difícil fazer uma mudança radical, por serem itens considerados essenciais no consumo alimentar.

Ele afirma que mesmo diante disso, existe a possibilidade de substituição do alimento, embora as outras carnes, como o frango, por exemplo, também terem tido aumento de preço.

“Pode ser feita a substituição da carne bovina pela suína, pelo frango ou peixe, mas isso vai do paladar a cardápio de cada um”, exemplifica o economista.

Segundo ele, as pessoas devem se organizar para evitar consumir itens que não são essenciais, e assim, continuar comendo a mesma quantidade da carne, e ou adquirir o gás de cozinha.

“Por mais que isso reflita na diminuição de poder de compra do roraimense, a inflação foi superior ao aumento de salário de quem teve. Cortar ou diminuir alguns excessos para poder continuar a adquirir o gás de cozinha, por exemplo, principalmente por ele ser item único e essencial”, explica.

Ida Melo, de 62 anos é uma das tantas donas de casa que tiveram que ajustar o orçamento por conta dos novos preços de itens da cesta básica. De acordo com ela, a rotina alimentar de sua família passou por readaptações após os reajustes nos preços.

“Passei a consumir frango e peixe com frequência, principalmente ovos que eu não comia tanto como atualmente. O frango e o peixe também não faziam parte da minha rotina alimentar, tento criar pratos para render mais os alimentos, ou não enjoar com a mesma refeição”, diz a dona de casa.

A dona de casa também complementa que antes consumia carne bovina quase que diariamente e hoje, por conta do reajuste, teve que optar por quase não consumir.

“Antes eu consumia carne 4 dias por semana e hoje, no máximo duas vezes, e isso faz falta em nossa rotina”, cita.

Segundo ela, outros itens também tem feito seu orçamento se readaptar, como o óleo e gás de cozinha. “Hoje economizo no consumo do gás, pois está muito caro depois dos constantes reajustes. Itens básicos da nossa cesta, como açúcar, café, arroz e óleo também subiram os preços exageradamente. Faço um controle maior dos meus gastos para poder adquirir os itens”, comenta Ida.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.