A coluna desta segunda-feira (11), assinada pelo analista Matheus Lima, fala sobre as altas e baixas na bolsa de valores em 2020
Na semana passada falamos sobre a variação positiva do IBOV (+2,95%) no ano, apesar de todo o caos que tivemos nesse turbulento 2020, mas por conta desse índice ser composto por mais de 60 empresas, algumas terminaram o ano com uma variação não muito boa, ofuscando assim destaques de ações isoladas que performaram incrivelmente bem.
O maior destaque positivo da Bovespa é ocupado pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) que do seu fechamento no final do ano de 2019 para o recente fechamento de 2020 subiu mais de 126%, uma variação que mesmo com as fortes quedas ocasionadas pela pandemia, quem investia na ação neste período conseguiu mais que dobrar seu patrimônio durante esse ano onde tantas empresas quebraram e empregos foram dizimados.
Essa oscilação fica ainda mais interessante quando analisamos a oportunidade gerada com as quedas fortes em março na quarentena. Essa mesma ação que subiu 126% em 2020, subiu ainda mais quando analisamos a oscilação da mínima marcada pela crise até a sua máxima do ano, que chegou subir mais de 490% (de R$ 5,47 para R$32,78). Neste caso, quem comprou CSNA3 nesse período aumentou seu capital quase que em 6 vezes!
Seguindo na ordem de maiores altas no ano temos:
No outro lado, tempos muitas empresas que viram seus preços serem dizimados por diversos motivos, um deles obviamente a pandemia. Mas quem tomou a frente como sendo a maior baixa do ano foi IRBR3 (-76,8%), a ação que chegou a valer quase R$50 reais viu seu preço despencar até R$5,33. A queda de quase 90% foi amenizada nos últimos dias do ano quando a ação fez uma boa recuperação fechando no ano valendo R$8,18.
Seguindo logo atrás vem a ação que talvez mais tenha repercutido no ano, sendo assunto de inúmeras lives, relatórios, e até matérias em jornais, Cogna teve uma queda de -59,5%. A empresa do setor de educação sofreu muito com a pandemia e reportou balanços não muito agradáveis ao investidor apesar de muitos terem criado uma expectativa muito positiva para o papel no ano.
Como se nada tivesse acontecido, o IBOV fecha o ano com variação positiva de quase 3% e muitas empresas subiram muito forte, deixando fortes expectativas para o ano de 2021.