Até o fim da semana, Roraima terá duas barreiras sanitárias para identificar possíveis pacientes de covid-19 antes da entrada em área urbana: a do Jundiá, em Rorainópolis, e outra que será instalada na entrada do Aeroporto Internacional Atlas Brasil Cantanhede. Nos locais, serão disponibilizados testes rápido e aferimento de temperatura para identificar sintomáticos de forma voluntária.
A medida faz parte das ações que serão executadas pelos próximos 10 dias, no mínimo, pelo Governo de Roraima no combate à covid-19. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira, 12, em coletiva no Palácio Senador Hélio Campos, no Centro Cívico.
As ações, conforme explicou o governador Antonio Denarium, levam em consideração o aumento de casos e internações no Estado e a situação do Amazonas, a fim de diminuir a transmissão do coronavírus.
“Em ambas as barreiras teremos a presença do Corpo de Bombeiros e de brigadistas contratados, que serão os responsáveis por esse monitoramento. Identificando esses possíveis pacientes logo na entrada ao estado, poderemos agir com prontidão”, disse.
Para quem entra pelo Jundiá, o governador afirmou que o Hospital de Rorainópolis estará preparado para os primeiros atendimentos no caso de covid. Na capital, os pacientes identificados na barreira do aeroporto serão encaminhados ao Hospital Geral de Roraima (HGR). Confira um trecho da coletiva abaixo.
O secretário de Saúde, Marcelo Lopes, reforçou que a população não será impedida de entrar ou sair de Roraima, estando ou não com sintomas da doença. O intuito, segundo ele, é monitorar e identificar o paciente antes que o mesmo entre em área urbana e se encontre com outras pessoas.
“Os testes e aferimentos de temperatura serão realizados de forma voluntária nas duas barreiras. Em caso de identificação, essa pessoa será orientada a ir, ou para o Hospital de Rorainópolis, ou para o HGR, dependendo da barreira em que ele tenha recebido o atendimento”, falou.
Durante os dias de monitoramento, a Sesau também fará uma alteração emergencial semelhante a realizada no final do ano, quando foi inaugurado o Bloco D do HGR.
“Vamos inaugurar novos leitos na Área de Proteção e Cuidados (APC), entre outros leitos. Atualmente, temos 80 leitos particulares credenciados e, a partir dessa semana, vamos abrir credenciamento para até 250 leitos”, informou.
O secretário esclareceu que a APC pertence a um proprietário que alugou a área à União e, atualmente, a União ainda discute o pagamento das despesas com a empresa. Segundo ele, os processos referentes à entrada do Governo na APC serão conduzidos ainda esta semana.
“Já utilizaremos, de imediato, entre 80 a 100 leitos de enfermaria para pacientes não-covid, porque a APC servirá para ampliação e reforma da Maternidade e do HGR. Assim, o HGR vai funcionar exclusivamente para o tratamento de pacientes com covid”, pontuou.
OXIGÊNIO – A respeito da denúncia de falta de oxigênio no HGR, feita por profissionais da unidade, o secretário afirmou que os tanques estão abastecidos e que o Estado já providenciou mais tanques, caso seja necessário.
Conforme relato, a empresa que produz o oxigênio hospitalar fica no Amazonas.
“No momento de crise, foi requerido administrativamente toda planta de oxigênio do estado. Mas já foi alinhado e reunido com o Governo, que a empresa que fornece à Roraima está aumentando a produção em 100%. Estamos monitorando os tanques, inclusive de hospitais particulares, para que não falte”, falou.
Lopes destacou, ainda, que não há registro de casos de transferência de pacientes do Amazonas para Roraima.