Por Camila Cunha/FolhaBV
A diabetes é uma doença crônica por excesso de glicose no sangue. Isso acontece quando o corpo não produz insulina ou não consegue utilizar adequadamente a insulina que produz. Já a diabetes gestacional é um tipo de diabetes causado pela mudança hormonal necessária para gerar o bebê.
Segundo o endocrinologista e metabologista César Penna, a diabetes na gestação é mais comum em mulheres que tem histórico da doença na família, hipertensão, que estão acima do peso, ou que estavam sedentárias antes de engravidar.
De acordo com o médico, desde o início da pandemia de Coronavírus, têm aumentado o número de gestantes com diabetes. “As pessoas vêm ganhando peso, comendo errado, deixando de fazer exercício, principalmente nesse ano de pandemia”, disse. “A grávida se isolou mais, por ser do grupo de risco e deixou de se exercitar, aumentando as chances de ter diabetes na gestação”, completou.
Segundo o médico endocrinologista Cesar Penna para evitar a doença é fundamental realizar o pré-natal (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Conforme o Ministério da Saúde, o pré-natal serve para a prevenção e detecção precoce de doenças e anomalias tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante. Algo que o próprio médico relata, “muitas mulheres não fazem um bom acompanhamento e acabam por desenvolver a diabetes”.
Caso a gestante apresente em algum momento a diabetes, o médico recomenda acompanhamento e cuidado. E então, com o terminar da gravidez, deve-se esperar seis semanas para realizar novamente o exame e verificar se a doença continua ou não presente no sangue. Em caso positivo, a paciente deve procurar um médico especialista para iniciar o tratamento, que não tem prazo final. Se negativo, a chance de ter diabetes tipo 2 caí em 50%, mas é necessário manter um estilo de vida saudável, com alimentação ideal, exercício físico e cuidados necessários com o corpo.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a diabetes após a gestação é a tipo 2 e terá maior risco dependendo da gravidade. Podendo ser controlada com atividade física e planejamento alimentar ou, com o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.
NUTRIÇÃO – Faz parte do acompanhamento da diabetes gestacional, e dos outros tipos da doença, a presença de um nutricionista.
Conforme o nutricionista e terapeuta holístico Maiky Lucena, os riscos da diabetes não interfere somente na grávida. “O bebê pode ter problemas respiratórios, circulatórios, cardíacos que só saberão depois”, alertou ele. “Também há o risco de sobrepeso do bebê, que vai interferir na hora do parto”, completou.
Ainda, se mãe tiver desenvolvido diabetes não há risco do bebê nascer com a doença. “A diabetes quando vem para o filho é por genética, que aí já é diabetes tipo 2”, disse o nutricionista.
Por fim, segundo Maiky, como cuidado a mãe deve manter um suporte vitamínico, um controle da alimentação, principalmente rica em fibras solúveis e insolúveis, ômegas 3, 6 e 9 e alimentos naturais; suplementação de ácido fólico e tudo o que é indicado para uma boa gestação.
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