Desde o início da vacinação contra a Covid-19 em Roraima, na última terça-feira, 19, a população levantou o debate sobre o uso de luvas no ato da imunização, quando imagens dos profissionais de saúde sem o material de proteção para aplicar a dose foram divulgadas nas plataformas digitais. As pessoas se questionam se os micro-organismos podem passar do profissional da saúde para o paciente e vice-versa causando a contaminação.
O Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação do Ministério da Saúde, publicado em 2014, não descreve a utilização de luvas no preparo e administração de vacinas e soros, mas a higienização correta das mãos é um dos mais importantes procedimentos que antecedem o ato, exceto em casos específicos, como quando o vacinador ou o paciente apresentam lesões de pele.
Ainda segundo as recomendações, a higiene das mãos é realizada antes e depois da administração de cada vacina ou soro; antes e depois do manuseio dos materiais, das vacinas e dos soros; e antes e depois de qualquer atividade executada na sala de vacinação.
Segundo um infectologista, profissional que se ocupa do estudo das doenças causadas por diversos patógenos como príons, vírus, bactérias, protozoários, fungos e animais, o uso de luvas pode até prejudicar o ato da vacinação, pois o aplicador não conseguiria lavar as mãos corretamente.
“A transmissão do vírus é feita por vias respiratórias. Se está com a mão suja, não deve pegar outra pessoa. Quem está manuseando a vacina só estará pegando o material”, explica o médico.