Cotidiano

Jovens indígenas recebem palestra sobre trabalho infantil

Evento fez parte do 1º Encontro dos Jovens e Adolescentes da Região do Taiano

Jovens indígenas da Região do Taiano receberam na sexta-feira, 15, uma palestra com o tema “Exploração do Trabalho Infantil – Com qual idade devo trabalhar? Tarefas de casa são consideradas exploração?”, ministrada pelo Juiz Parima Dias Veras, titular da 1ª Vara da Infância e Juventude da Comarca de Boa Vista.

O evento ocorreu na Comunidade Indígena da Barata, no Município de Alto Alegre nos dias 15 e 16 de maio, como parte da programação do 1º Encontro dos Jovens e Adolescentes da Região do Taiano, realizado pelo Núcleo de Jovens e Adolescentes Indígenas daquela região.

Apesar do tema está centrado no trabalho infantil, o magistrado discorreu sobre vários outros assuntos como por exemplo o poder familiar, respeito aos pais, namoro, sexo, bebida alcoólica, drogas, redução da maioridade penal, ética entre outros. De acordo com o magistrado é importante a participação do Poder Judiciário em eventos realizados pela sociedade civil organizada.

“A presença do Tribunal de Justiça em uma solenidade popular como esta é de fundamental importância, principalmente pelo caráter educativo. Estivemos aqui debatendo assuntos pertinentes ao direito infantojuvenil, mas principalmente àqueles ligados ao dia a dia desse público. Uma forma efetiva de aproximar o Judiciário da sociedade. Aqui temos jovens e adolescentes representantes de todas comunidades indígenas da região do Taiano que estão dando um exemplo de cidadania na busca do aperfeiçoamento pessoal e coletivo, somos sensíveis a este tipo de chamado e nos colocamos a disposição para falar dobre o Judiciário em especial, sobre os assuntos ligados à Infância e Juventude”, afirmou.

Para o presidente do Núcleo de Jovens e Adolescentes Indígenas da Região do Taiano, Ademar Cavalcante, a ideia de realização desse primeiro encontro é debater os principais problemas que afligem a juventude nas comunidades como drogas, alcoolismo, desemprego, educação, saúde, lazer, trânsito, bem como ausência de políticas públicas voltadas para as necessidades do público juvenil.

“Esse é um encontro que pretende juntar a formação e a ação com palestras e oficinas e ao final, iremos elaborar um documento para encaminhar às autoridades competentes com as deliberações obtidas aqui. Quero agradecer ao Juiz Parima Veras que conseguiu transmitir de forma simples e compreensível e tema proposto e vários assuntos de interesse da juventude indígena”, afirmou Ademar.

Fonte: TJRR