A assembleia dos profissionais de enfermagem do Estado, realizada nesta terça-feira, 25, resultou em uma nova análise da proposta dada pelo Governo. O secretário da saúde, Marcelo Lopes, esteve presente para explicar a ideia.
A reunião ocorreu no Centro de Ciências da Saúde, da Universidade Federal. Os profissionais cobram um novo plano de cargos e salários (PCCR) desde antes da pandemia. Eles dizem que a ajuda orçamentária de enfrentamento da covid-19 não os beneficiou e que o PCCR não foi alterado até agora, portanto, a maioria quer paralisar.
A categoria pediu que o secretário de saúde elaborasse um documento escrito para ser entregue aos demais representantes da categoria, que não puderam estar presentes na assembleia. A classe então vai analisar a contraposta do governo e decidirá com todos a viabilidade do plano.
Na ocasião, a presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Estado de Roraima (Sindiprer), Maria de La Paz, disse que há mais de um ano a categoria espera por um plano de cargos e salários (PCCR) digno e que não estão satisfeitos com a contraproposta do governo.
“A gente levou uma proposta para o governo. O governo trouxe uma contraproposta baseada na lei orçamentária e Lei de Responsabilidade Fiscal. Só que a categoria não está muito satisfeita com a proposta e mais insatisfeita com a forma de pagamento que o governo está propondo, fazer um escalonamento até chegar o valor”, disse La Paz.
Segundo o secretário de saúde, a proposta do governo é de que tenha equilíbrio entre todos os profissionais da saúde. “O Plano de cargos, Carreiras e Remuneração é uma hierarquia por nível de escolaridade. Então quando eu mexo numa categoria de nível médio, eu tenho que, proporcionalmente, ajustar a de nível baixo. E, proporcionalmente, ajustar a de nível superior. Na hora que a gente fizer o PCCR, não tem como aumentar o técnico e ele ganhar igual aos profissionais de nível superior ou muito próximo”, explicou Lopes.
La Paz explicou que entende a situação, mas que os enfermeiros e técnicos precisam da valorização na remuneração. “A categoria está clamando por isso embora a gente entenda que existe uma situação muito complicada no mundo todo que é a questão da pandemia. Mas a categoria está cansada. A categoria está desvalorizada os profissionais que mais trabalharam. O que mais se comprometeram que mais prejudicaram em relação a essa pandemia são os servidores que estão sendo menos valorizados”, relatou.
Por Adriele Cunha – Estagiária FolhaBV
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