Cultura

Acervo do artista plástico Augusto Cardoso recebe visita da Secult

O artista faleceu em julho do ano passado, vítima da Covid

A Secult (Secretaria de Cultura) iniciou uma série de visitas a artistas renomados da cultura de Roraima. A primeira visita foi realizada no ateliê do artista plástico Augusto Cardoso, localizado  na Rua Rodrigo Pires de Figueiredo, nº 84, Calungá.

Estiveram presentes o secretário de Cultura, Sherisson Oliveira, o secretário adjunto Jaffe Oliveira e a expositora Edicilda Cardoso, viúva do artista que faleceu em julho do ano passado, vítima da Covid.

Durante a visita, Edicilda mostrou suas obras e contou um pouco sobre a história do artista. Para o secretário Sherisson, a visita busca a preservação do legado de um artista renomado para o estado de Roraima.

 “Visitar a galeria do “Augusto Cardoso”, acompanhado da dona Edicilda é viajar na história das artes plásticas roraimense. A preservação da memória do Augusto Cardoso e de suas obras é fundamental para a manutenção do patrimônio artístico e cultural do Estado e o levantamento desse patrimônio, valorização e preservação da arte e cultura será prioridade na nossa gestão a  frente da secretaria de cultura e na gestão do governador Antonio Denarium” ressaltou.

 De acordo com o secretário adjunto Jaffe Oliveira, a proposta é receber sugestões e um feedback para ações realizadas pela Secult.

 “Essa foi uma das primeiras visitas que serão realizadas pela Secult, onde nós pudemos ter um diálogo dentro de um plano de retomada cultural, onde resgatamos o relacionamento da Secult com artistas que não visitam mais a Secretaria de Cultura, por algum motivo. Nós queremos nos reaproximar e fazer um contato direto e ouvir suas demandas e tentar fazer uma política mais construtiva diante da classe artística” explicou.

HISTÓRIA

O artista plástico roraimense Augusto Cardoso, morreu aos 63 anos vítima da Covid-19 em Boa Vista. Autodidata, começou a pintar ainda na adolescência, aos 14 anos. Suas técnicas eram óleo sobre tela, acrílica, aquarela, crayon, carvão nanquim, sanguínea e ilustração.

Considerado um artista surrealista, possui em seu acervo, mais de 1.600 obras, 600 delas foram adquiridas por embaixadas estrangeiras como Canadá, Guiana Inglesa, Áustria, Japão, Venezuela, Itália, Bélgica, Holanda, África do Sul, Estados Unidos, Espanha e França.

Uma de suas obras faz parte do acervo do Museu do Papa, no Vaticano, que é a tela de São Francisco da Amazônia, em uma paisagem regional.