A gestante Aline Conceição, internada no Hospital Geral de Roraima (HGR), morreu após complicações da Covid-19 na tarde dessa quarta-feira (10). De acordo com o marido da paciente Jorge Tatison, a esposa não teve atendimento médico de um obstetra. Ele conta que só foi entubada após uma pessoa morrer e dar a vaga na UTI.
A paciente que estava com covid-19 e esperava por uma transferência para a Maternidade há 10 dias. O caso foi denunciado à Folha de Boa Vista.
Segundo ele, o bebê foi o primeiro morrer ainda na barriga o que causou complicações.
O marido ainda disse que a equipe médica explicou o motivo da transferência. “Eles falaram que ela não estava mais aguentando a respirar sozinha e que tinha que ser intubada”, relatou.
“Era o nosso primeiro filho, nós estávamos construindo uma família. Ela estava em estado grave, foi negligência, em nenhum momento ela teve a visita de um médico especializado, ela se queixava de dores, que não conseguia respirar” contou.
Outro lado – A Secretaria de Saúde informa que a paciente Aline Conceição Pinto estava sendo acompanhada pela equipe multiprofissional do Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento, uma vez que não apresentava alterações na gestação, mas sim a necessidade de assistência médica especializada devido ao quadro de COVID-19.
A Sesau reforça que a paciente estava sendo medicada, e passou por todos os exames e medidas necessárias para o acompanhamento pela clínica médica que trata COVID-19, uma vez que o HGR é a unidade referência para o atendimento de casos graves.
Entenda o caso – Uma paciente de 23 anos com 7 meses de gestação, estava internada no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN), mas foi transferida para o HGR (Hospital Geral de Roraima) após testar positivo para o Covid-19. Segundo o marido da paciente, o HGR não possui médicos especializados para atender gestantes. O denunciante relata que ela foi levada da maternidade, mesmo com a unidade oferecendo uma ala destinada para pacientes com o coronavírus.
O esposo da paciente alegou que a gestante e o bebê corriam risco de vida por uma suposta negligência cometida pelo sistema de saúde do estado.
“Minha esposa e meu filho correm risco de vida, pois nenhum profissional de saúde está fazendo exames de rotina nela que está gestante. Eu e toda a família estamos com medo de acontecer o pior, pois segundo uma médica que nos atendeu, ela e o bebe estão correndo risco de vida”, explica.
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