Cotidiano

Grávida de sete meses morre após complicações da Covid

Aline Conceição de 23 anos estava grávida de sete meses

A gestante Aline Conceição, internada no Hospital Geral de Roraima (HGR), morreu após complicações da Covid-19 na tarde dessa quarta-feira (10). De acordo com o marido da paciente Jorge Tatison, a esposa não teve atendimento médico de um obstetra. Ele conta que só foi entubada após uma pessoa morrer e dar a vaga na UTI.

A paciente que estava com covid-19 e esperava por uma transferência para a Maternidade há 10 dias. O caso foi denunciado à Folha de Boa Vista.

Segundo ele, o bebê foi o primeiro morrer ainda na barriga o que causou complicações.

O marido ainda disse que a equipe médica explicou o motivo da transferência. “Eles falaram que ela não estava mais aguentando a respirar sozinha e que tinha que ser intubada”, relatou.

“Era o nosso primeiro filho, nós estávamos construindo uma família. Ela estava em estado grave, foi negligência, em nenhum momento ela teve a visita de um médico especializado, ela se queixava de dores, que não conseguia respirar” contou.

Outro lado – A Secretaria de Saúde informa que a paciente Aline Conceição Pinto estava sendo acompanhada pela equipe multiprofissional do Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento, uma vez que não apresentava alterações na gestação, mas sim a necessidade de assistência médica especializada devido ao quadro de COVID-19.

A Sesau reforça que a paciente estava sendo medicada, e passou por todos os exames e medidas necessárias para o acompanhamento pela clínica médica que trata COVID-19,  uma vez que o HGR é a unidade referência para o atendimento de casos graves.

Entenda o caso –  Uma paciente de 23 anos com 7 meses de gestação, estava internada no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN), mas foi transferida para o HGR (Hospital Geral de Roraima) após testar positivo para o Covid-19. Segundo o marido da paciente, o HGR não possui médicos especializados para atender gestantes. O denunciante relata que ela foi levada da maternidade, mesmo com a unidade oferecendo uma ala destinada para pacientes com o coronavírus.

O esposo da paciente alegou que a gestante e o bebê corriam risco de vida por uma suposta negligência cometida pelo sistema de saúde do estado.

“Minha esposa e meu filho correm risco de vida, pois nenhum profissional de saúde está fazendo exames de rotina nela que está gestante. Eu e toda a família estamos com medo de acontecer o pior, pois segundo uma médica que nos atendeu, ela e o bebe estão correndo risco de vida”, explica.

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