O doutor em Filosofia Política e Ética, palestrante e professor titular de Ética e Filosofia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Roberto Romano, ministra a Aula Magna da Universidade Federal de Roraima (UFRR) nesta quinta-feira, 18.
A aula inaugural do semestre 2020.2 inicia a partir das 19h, com transmissão ao vivo no canal da UFRR no YouTube. A transmissão será aberta a todos os alunos da instituição e demais interessados no tema: Conceito de Universidades em tempos desafiadores.
O evento abre o período letivo suplementar 2020.2 da instituição, de 8 de fevereiro até 22 de maio, por meio do Ensino Remoto Emergencial (ERE). A Aula Magna terá mediação do pró-reitor de Ensino e Graduação da UFRR, professor Antônio Sansevero.
PERFIL – Roberto Romano é doutor pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris, França. Titular de Ética e Filosofia Política da Unicamp e autor de mais de 10 livros, inúmeros artigos acadêmicos e para grandes públicos. Foi presidente da Comissão de Perícias da Unicamp, orientou 37 estudantes em teses de mestrado e doutoramento e integrou a Comissão de Avaliação docente da Unicamp.
Com vasta experiência em temas como crise universitária e crise política, o professor abordou sobre os reflexos das ações políticas nas universidades, considerando o atual cenário brasileiro: “No Brasil, em vez de prestigiar os saberes em todos os seus campos, o governo se coloca como inimigo deles, e da universidade. Não é por acaso que inúmeros pesquisadores e pensadores brasileiros saíram daqui em busca de melhores condições de trabalho. Nesta pandemia ficou evidente a necessidade do trabalho acadêmico. Infelizmente os poderes de Estado no Brasil não se responsabilizam pelo progresso das ciências dentro de nossas fronteiras. A situação universitária brasileira, como boa parte das nossas políticas públicas, é desesperadora”, frisa.
Ainda no contexto da pandemia, o professor Roberto Romano destacou os principais desafios enfrentados pelo ensino universitário: “O principal desafio das universidades brasileiras está em continuar a fazer ciências, artes, educação, tendo no governo federal e, sobretudo no Ministério da Educação, em vez de ajuda, um permanente boicote, calúnias e ausência de responsabilidade. Quando se faz ciências, apesar dos poderes civis e estatais, o fracasso ameaça a cada instante. E o fracasso resulta em morte de cidadãos aos milhares, pois sem técnica e ciência não há como vencer as ameaças constantes da natureza”, finaliza.
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