A presença das mulheres produzindo e liderando dentro das diversas áreas da agricultura vem ganhando mais força. Para se ter uma ideia do quantitativo, são 1.109 produtores rurais cadastrados no programa do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento , dos quais, 456 são mulheres, ou seja, 41%.
Terezinha Maria de Jesus Almeida é agricultora do Apiaú, município de Mucajaí, desde 1994. Ela produz laranja, melancia, banana, feijão e macaxeira, entre outros cultivos, e participa do PAA há mais ou menos sete anos. Para a produtora rural, viver no campo é uma satisfação para quem gosta de plantar, colher, ter liberdade e de ver a sua plantação produzindo.
“É uma libertação viver no campo. Eu, especialmente, gosto de viver no campo. E também quero parabenizar as mulheres do campo pela sua coragem de enfrentar a vida, levando alimento para quem vive na cidade. É uma alegria a gente contribuir com a alimentação do nosso povo da cidade. Um grande abraço a todas as mulheres do campo”, frisa dona Terezinha.
O PAA tem como objetivo melhorar a rentabilidade do produtor rural com a compra da produção excedida. Esses alimentos são doados para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Em 2020, mesmo com a pandemia da covid-19, o PAA entregou 1.477.221,45kg de alimentos e realizou 3.657 entregas nas unidades recebedoras, o que somou um montante pago aos produtores rurais de R$ 2.198.708,00.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Aluizio Nascimento, comemora a forte participação feminina no campo. “Hoje, a gente comemora o Dia Internacional da Mulher a quem, na verdade, devemos render homenagem todos os dias pela importância de cada uma em nossas vidas, em especial às mulheres rurais, que fazem um trabalho fantástico. Mulher é guerreira por natureza, mãe por instinto, profissional por competência, esposa por amor e produtora por habilidade”, pontua.
Mulheres que trabalham e produzem
Roselane Andrade da Silva é uma roraimense que mora há 17 anos no PA (Projeto de Assentamento) Nova Amazônia e trabalha na agricultura familiar. Ela fala com satisfação do fato de poder produzir e conseguir manter sua família com as vendas do resultado do seu trabalho.
“Aqui nós somos felizes no que fazemos. Aqui nós plantamos na certeza que vamos colher. Trabalhamos eu, meu esposo, meu filho e minhas duas filhas. Somos cinco pessoas trabalhando para manter aqui. Nós plantamos, colhemos e vendemos na certeza de que vamos receber no final da colheita e, assim, satisfeitos com o dinheiro que entra”, diz.
Dona Roselane produz cebolinha, couve, cheiro-verde, alface e quiabo. A agricultora afirma que se sente feliz em levar qualidade para a mesa de quem precisa. “Com nossas contas em dia, somos felizes no que nós fazemos. Quero aqui deixar um incentivo para as mulheres que também trabalham na agricultura assim como eu: nós podemos fazer mais, nós podemos melhorar no que fazemos, levar à mesa de quem precisa um produto de qualidade e continuamente vamos pedindo a misericórdia de Deus para sermos mais que vencedores”, destaca.
Outra produtora rural que se destaca neste cenário é dona Elieuda Lopes da Silva, moradora do bairro Operário, em Boa Vista, onde produz alface, cheiro-verde, couve e rúcula. “No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, quero parabenizar todas as produtoras rurais do nosso Estado. Um feliz Dia da Mulher”, comemora.
O secretário Aluizio Nascimento destaca a importância da presença das mulheres no campo e reforça a vocação de Roraima para a produção de alimentos, pois, segundo ele, o Estado tem todos os fatores propícios para produzir frutas, grãos e carnes em geral.
“O governador Antonio Denarium nos determinou em dar apoio, condições e assistência para a agricultura familiar e indígena. Neste momento, ela é fundamental para melhorar a nossa economia e efetivamente mudar a matriz econômica de Roraima”, enfatiza.