Saúde e Bem-estar

Ansiedade é o transtorno mais comum entre os brasileiros

Relatos de inquietação, irritação, insônia são os mais comuns

Segundo uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, a ansiedade é o transtorno mais presente durante a pandemia de Covid-19. Além da ansiedade, encontrada em 86,5% dos respondentes, foi constatada uma presença moderada de transtorno do estresse pós-traumático (45,5%). A proporção de depressão grave foi um pouco mais baixa, 16%.

Durante a pandemia, não é incomum encontrarmos pessoas tensas, com relatos de inquietação, irritação, insônia e além de terem a sensação de que não vão conseguir concluir as tarefas diárias.

A psicóloga Júlia Arnaud acredita que esse momento gera incertezas e angustias em relação se as coisas vão ou não se normalizar.

Júlia recomenda que as pessoas ansiosas busquem um tratamento através da psicoterapia, pois a técnica trabalha os pensamentos e os sentimentos de cada um.

“A terapia ajuda nesse processo difícil. As pessoas têm medo de lidar com a ansiedade e, além disso, o tratamento auxilia no modo em que o paciente interpreta as situações, fazendo que ele modifique suas atitudes”, frisou.

Outra prática que a psicóloga recomenda que deve ser aliada a terapia é a realização de alguma atividade física.

“A atividade física produz benefícios físicos e mentais. Quando realizamos algum exercício físico, liberamos hormônios benéficos que fazem a gente se sentir melhor”, diz.

Além dessa prática, a alimentação adequada faz o corpo funcionar melhor aliviando os sintomas da ansiedade, segundo a psicóloga.

Júlia diz ainda que muitas pessoas se perceberam ansiosas durante esse momento, pois com a correria do dia a dia, era comum passar despercebido esses sintomas e que as limitações impostas pela pandemia facilitaram a percepção da ansiedade.

“A ansiedade está relacionada ao estilo de vida e problemas de cada um, mas a pandemia afetou a vida de todas as pessoas, independentemente de classe social”, frisa a psicóloga.

A psicóloga faz um alerta sobre as pessoas se preocuparem somente com aquilo que está sobre o próprio alcance, pois não é possível ter o controle sobre a pandemia.

“Devemos filtrar as informações que consumimos e o que vemos nas redes sociais, e focar naquilo que podemos fazer por nós mesmos. Vivíamos uma vida tão corrida que deixávamos de lado o que estava em nossa volta, agora devemos cuidar de nós e da forma que nos relacionamos com o próximo”, cita.

A profissional ainda alerta que precisamos saber diferenciar a ansiedade positiva da negativa.

“A ansiedade positiva serve para nos alertar sobre uma situação de perigo e risco. Quando está fora do normal, a pessoa vive em um estado de alerta, pois ela enxerga as situações do dia a dia, por menor que seja, como algo grave e a ansiedade se torna negativa”, explica.

Segundo a psicóloga, as pessoas com ansiedade costumam deixar de fazer as coisas que faziam antes por medo dos sintomas que a doença traz, além do julgamento de algumas pessoas. “A ansiedade paralisa as nossas ações, deixando de fazer as coisas que antes fazíamos e gostávamos”, comenta.

Já conhece o Guia Saúde Folha BV? Roraima já tem os melhores profissionais de saúde e eles estão aqui.