Cotidiano

Roraima receberá ajuda no combate à mosca da carambola

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, confirmou na manhã desta segunda-feira, 15, o envio a Roraima de dois técnicos especialistas em controle e combate da mosca

A ministra da Agricultura, Ministra Tereza Cristina, confirmou na manhã desta segunda-feira, 15, o envio a Roraima de dois técnicos especialistas em controle e combate da mosca da carambola, para ajudar nas ações com inovações e alternativas.

Eles virão de Brasília para colaborar com o trabalho dos fiscais da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima) e reforçar cada vez mais a luta do Estado contra a praga.

 Conforme o presidente da Aderr, Kelton Oliveira, o trabalho de combate da mosca da carambola é intenso, pois a agência está comprometida em resolver o problema e liberar de vez o Estado para exportar frutas para o Brasil e outros países, ajudando no crescimento da economia local.

 Ele destacou que a fruticultura é um setor que tem crescido nos últimos anos, apesar da ocorrência da mosca da carambola em algumas áreas. “Não tenho dúvida do potencial da produção de frutas em Roraima. A gente vê pela grande procura pela CFO [Certificação Fitossanitária de Origem], que teve um aumento de 40% esse ano, fato que comprova a nossa vocação em produzir frutos em larga escala”, observou.

 Kelton Oliveira informou que a vinda dos dois técnicos foi uma intervenção do senador Telmário Mota e do governador Antonio Denarium, que falaram diretamente com a ministra da Agricultura para ajudar Roraima nas ações desenvolvidas.

 

Combate à praga

O Mapa está trabalhando nos municípios onde a praga ocorre. A Aderr se concentra no controle ao trânsito de hospedeiros e no monitoramento de áreas de produção em Boa Vista. O objetivo é evitar que a mosca se espalhe por outras regiões do País.

O Governo de Roraima, através da Aderr, já fez mais de cinco mil monitoramentos em armadilhas da mosca da carambola em 2020. As atividades foram realizadas no interior do Estado e em Boa Vista, a fim de fazer o levantamento de delimitação da praga quarentenária, visando o seu controle e erradicação.

 

Barreiras agropecuárias

 

As barreiras agropecuárias estão instaladas em Murupu e Passarão (Boa Vista), Bonfim, Vila Recrear (Alto Alegre), Jundiá (Rorainópolis), Aeroporto e Rodoviária Internacionais de Boa Vista para evitar a saída dos frutos hospedeiros de áreas onde ocorre a praga para as regiões onde não existem ocorrência.

O funcionamento foi alterado para 24 horas por dia, com o objetivo de tornar mais efetivo o trabalho nas barreiras. Para isto, foram adquiridos contêineres equipados com camas, banheiros e central de ar, servindo de apoio para os policiais e funcionários da Aderr que prestam o serviço de fiscalização.

 

A mosca da carambola

 Originária da Malásia e Indonésia, a mosca da carambola foi encontrada no Suriname em 1985. Em 1989, chegou à Guiana Francesa e em 1996 foi detectada no município de Oiapoque, no Estado do Amapá. O tempo total de vida da praga é cerca de 130 dias. Uma fêmea fértil põe entre 1.200 a 1.500 ovos durante a fase adulta, ou seja, 1 a 15 por dia.

 Na busca por alimento ou frutas para colocar os ovos, a mosca da carambola pode voar até cinco quilômetros. Tem como hospedeiras frutas como carambola, tomate, goiaba, manga, caju, jaca, laranja, pitanga, jambo e taperebá, dentre outras.