A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) realizou nessa quinta-feira (18), por videoconferência uma coletiva de imprensa para falar sobre o corte de mais de 18% do orçamento das Universidades Federais.
A Proposta Orçamentária inicial da Universidade Federal de Roraima (UFRR) para 2021 (PLOA-2021) correspondia a R$ 243.855.806,00, sofrendo um corte de, aproximadamente, 18% em relação a 2020.
No entanto, o orçamento que será levado para a aprovação do Congresso Nacional sofreu o corte adicional de 2,68%, ou seja, menos R$ 804.100,00. Assim, a UFRR amargou uma redução no orçamento de 2021, aproximadamente, R$ 6.422.831,00 em relação a 2020.
Com isso, serão impactados a assistência estudantil, a manutenção e funcionamento das atividades essenciais de 69 universidades federais, além das seis recém-criadas, com mais de 320 campi em todos os estados brasileiros, para pagamento de despesas de manutenção, funcionamento, assistência estudantil, entre outras.
Desde 2019, as universidades têm sofrido reduções orçamentárias. Naquele ano, as universidades trabalharam com R$6,06 bilhões e no ano seguinte, houve uma redução de 8,64%, equivalente a R$ 5,54 bilhões.
Conforme o presidente da Andifes, Edward Madureira, essas reduções serão grandes, principalmente porque as universidades ajudam na prevenção do covid. Foram, segundo ele, pesquisas na área da saúde, projetos de extensão relacionados ao vírus e apoio com uso dos hospitais universitários.
“A universidade pública brasileira não parou um minuto, se quer, nesse um ano de pandemia. E são essas universidades que vão continuar a ser exigida durante todo esse período [de pandemia] pela sociedade brasileira, nas mais diferentes áreas de atuação. E são essas universidades que se encontra agora numa em situação extremamente delicada, no ponto de vista orçamentário”, disse o presidente.
ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL – Também foram reduzidos recursos destinados à Assistência Estudantil, que sofreu mais uma redução de R$ 20.509.063, além dos R$ 185 milhões cortados quando enviado o Projeto de Lei ao Congresso.
“São recursos que nós utilizamos para manter estudando os estudantes de baixa renda do nosso país. Vale registrar que 25% dos nossos estudantes, do país inteiro, vem de famílias com renda per capita inferior a meio salário-mínimo. E 50% de famílias inferior a um salário-mínimo e meio. Para esses alunos conseguirem acompanhar a educação são necessários bolsas”, completou.
Na Universidade Federal de Roraima (UFRR) os auxílios oferecidos são moradia, refeição, transporte, permanência na Residência Universitária e auxílio vale-refeição dos residentes. Ainda, oferece bolsas estudantis e, recentemente, o auxílio inclusão digital para acompanhamento aulas remotas.