Desde 2019, as universidades têm sofrido reduções orçamentárias. A Proposta Orçamentária inicial da Universidade Federal de Roraima (UFRR) para 2021 (PLOA-2021) corresponde a R$ 243.855.806,00, valor que se comparado ao ano de 2020, teve uma redução de 5,608,00 milhões.
No entanto, o orçamento que será levado para a aprovação do Congresso Nacional visa fazer um corte adicional de 2,68%. Atualmente, a verba já teve uma diminuição em 17,7%.
Do total de 243 milhões, apenas 29.378.836,00 são para gastos administrativos referentes a limpeza, vigilância, manutenção predial, energia elétrica, combustível, bolsas de estudos, jardinagem, manutenção de computador e entre outros.
O restante dessa verba anual é destinado à folha de pagamento, aposentadoria, pensão e encargos de servidores da Universidade.
O pró-reitor de planejamento da UFRR, Carlos Carvalho explicou que o valor que foi repassado pelo Governo Federal para a Instituição não atende as necessidades financeiras da Universidade.
“O valor para pagamento de servidores não pode ser mexido. O restante que é destinado para gerir a UFRR é pouco. Além disso, não estamos com receita própria esse ano, que é o valor que adquirimos com a realização de vestibular, concursos, alugueis de cantinas e auditórios, por isso estamos tendo dificuldades”, pontuou.
O pró-reitor citou que um outro problema enfrentado pela UFRR é por conta de desse recurso para gastos administrativos serem liberados em 18 parcelas ao ano pelo Governo Federal, o que segundo ele deveriam ser em 12.
“O Governo Federal está liberando apenas por parcelas, ou seja, em vez de 12 vezes está sendo em 18, como se o ano tivessem 18 meses. Não recebemos o valor todo”, frisou.
Sobre a mesma situação, Carlos disse que a não liberação da parcela em 12 vezes, compromete o pagamento de contratos que podem ter reajustes de preços com a inflação.
Carvalho ainda relatou que a Universidade tem se mobilizado cortando gastos através de medidas que são decididas por meio de reuniões com diretores de institutos, de centros acadêmicos e de pró-reitores.
“Nós tivemos que fazer diversos gastos como bolsas, não as que já estão em andamento, e sim com as que poderiam ser abertas através de novos editais”
“De todas as pró-reitorias cortamos diárias e passagens aéreas. E com a pandemia, cortamos recursos de projetos de atividades em campos que não serão realizadas nesse momento”, detalhou o pró-reitor.