Uma comitiva de vereadores da Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV) buscou informações a denúncia de perdas de vacinas destinadas para o enfrentamento da pandemia do coronavírus. A avaliação dos parlamentares, no entanto, é que não há desperdício.
A análise foi feita pelos vereadores Ítalo Otávio (Republicanos), Idázio da Perfil (MDB), Jullyerre Pablo (PSL) e Melquisedek Menezes (PSL) após visita no Centro Municipal de Imunização da Capital.
A informação repassada pela Prefeitura de Boa Vista é que desde o início da campanha o município recebeu 35.918 do Governo Federal e já aplicou mais de 25 mil doses. Do total recebido, apenas 69 doses foram descartadas. Esse número representa hoje 0,19%, portanto, abaixo do limite aceitável pelo Ministério da Saúde de 0,5%.
“Depois que recebi as denúncias sobre a perda de vacinas no combate ao coronavírus, fui in loco na Secretaria Municipal de Saúde, onde estive com o secretário Cláudio Galvão e depois fui ao Centro Municipal de Imunização para conhecer o processo de recebimento, armazenamento e distribuição das vacinas”, explicou Ítalo.
Segundo o vereador, o percentual de perda da Capital fica dentro da média estipulada pelo Ministério da Saúde. “Sobre as doses perdidas, elas representam 0,19% do total de vacinas já recebidas pela Prefeitura. O Ministério da Saúde prevê a perda de até 5% do total de vacinas”, explicou o vereador.
DOSES DE VACINAS – Para o Ministério da Saúde, as perdas operacionais podem ocorrer com a quebra do frasco, falta de energia, falha no equipamento, validade vencida, falha de transporte, frascos vazios, sem rotulação ou outros motivos. O caso das 69 doses tem ligação direta com a validade, como explica a diretora do Departamento de Vigilância, Roberta Calandrini.
“Esses fracos são referentes as primeiras doses recebidas pela Prefeitura desde o início da campanha em 19 de janeiro, em que houve pouca adesão do grupo prioritário e que perderam a validade porque não foram utilizadas no dia, logo, deviam ser descartadas. Hoje Boa Vista não tem perdas de doses, porque reorganizamos o atendimento de acordo com o segundo informe técnico do Plano Nacional de Operacionalização da vacinação contra a COVID-19 no Brasil”, disse Calandrini.
A vacina Coronavac do Instituto Butantan tem a validade de 8 horas, e a Astrazeneca da FioCruz tem validade de 6 horas.
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