Os moradores que residem no Loteamento Jardim Satélite tentam por meio da Prefeitura de Boa Vista, regularizar a área desde o ano de 2016, mas desde então, a gestão municipal não cumpriu a regularização no local.
O presidente da Comissão de Moradores do Loteamento Jardim Satélite, Gilson Celino de Souza procurou a FolhaBV para relatar que por conta dessa situação, encaminhará novamente um ofício à Prefeitura e a EMHUR (Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional).
Segundo ele, seis ofícios já foram encaminhados pela Comissão à gestão municipal anterior, mas não obteve retorno.
“Essa área já foi aprovada como interesse social em 2012 pela Câmara Municipal, a Prefeitura tem obrigação de tomar posse dessa área e regularizá-la. Nem a EMHUR tem feito as providências necessárias”, se posicionou o presidente.
O presidente da Comissão esclareceu que o ofício tem por objetivo que o prefeito da Capital conceda uma audiência aos moradores para que a situação seja esclarecida, e que posteriormente resolvida.
Por conta dessa irregularidade, o loteamento não tem infraestrutura, ou seja, falta asfaltamento nas ruas, energia elétrica regularizada pela Roraima Energia e segurança para os moradores.
“Diariamente acontecem assaltos e roubos nas casas, a polícia não entra no bairro porque não é iluminado”, informou Celino.
Gilson ainda informou que por conta da energia não ser regularizada pela empresa responsável em Roraima, os moradores fazem ligações a revelia, os chamados “gatos”.
“Sem essa regularização pela Prefeitura, a Eletrobras não quer regularizar energia. Os moradores correm riscos diários por conta dos gatos, fios que podem causar choques elétricos ficam a céu aberto na frente das casas”, disse.
Entenda o caso – No ano de 2014, moradores desse loteamento, localizado às margens da RR 205, que liga Boa Vista ao município de Alto Alegre, assinaram um contrato junto à Agência de Desenvolvimento Econômico Sustentável Social Comunitário (Adessco) para a aquisição de um terreno para construir a casa própria.
Segundo eles, a agência vendeu os lotes com a promessa de que a infraestrutura para o local seria instalada, entretanto, essa garantia não foi cumprida.
“Em 2016, eu descobri que a área não era regularizada. A Adessco, era responsável por regularizar a área pedindo a Prefeitura, como nada foi feito, nós moradores estamos tentando’, contou.
Ele ainda afirmou que a Adessco não recebeu multa por essa irregularização. Atualmente, cerca de 150 famílias habitam no local e outras centenas estão construindo casas.
Sobre essa questão, Gilson disse que a Adessco vendeu loteamentos referentes a uma área institucional aprovada pra ser um futuro posto de saúde.
“Cerca de 30 moradores já entraram com uma ação contra a Adessco, a audiência será em maio”, disse.