O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) obteve um recorde de candidatos eleitos nas últimas eleições com cinco prefeitos e 89 vereadores. No entanto, nenhuma destas candidaturas foram efetivadas nos 15 municípios de Roraima. A perspectiva é que o partido venha a fortalecer a suas atividades no estado, sob o discurso de representar uma esquerda renovada.
A declaração é do ativista Guilherme Boulos, ex-candidato a prefeito de São Paulo (SP) e ex-candidato à Presidência da República pelo partido. Em entrevista exclusiva à FolhaBV, durante visita a Roraima, o professor afirma que o PSOL tem crescido muito entre o público jovem e já possui uma base forte fundada nos movimentos sociais, com a pretensão de manter este direcionamento nas próximas eleições.
“O PSOL é um partido em ascenção, que representa uma esquerda renovada no país e um partido com capacidade de diálogo com a juventude. Faz trabalho de base e está ligado à luta do povo, do movimento negro, feminista, indígena, dos sem-teto. O PSOL não é um partido que aparece somente em ano de eleição”, acrescentou.
O ativista também citou que o partido elegeu o primeiro prefeito em uma capital na região norte, por meio da eleição de Edmilson Rodrigues em Belém (PA). Para Boulos, a gestão do prefeito no Pará é uma oportunidade para os demais observarem de que forma é conduzida uma cidade de um gestor filiado ao partido.
“O Edimilson já está dando exemplo da sua capacidade de governo, criando o programa de renda básica ‘Bora Belém’. É a capital brasileira com o maior índice de vacinação, também resultado desse trabalho. Acho que a tendência é de crescimento, acredito que esse exemplo vai se erradiar. A tendência é o PSOL crescer em Roraima e Boa Vista. A nossa expectativa é ter representação parlamentar no estado a partir do ano que vem e vamos trabalhar para isso”, declarou.
FRENTE DE ESQUERDA – Com relação à sua própria pré-candidatura a presidência da República no próximo pleito eleitoral, o professor declarou que o momento ainda é cedo para definir as táticas eleitorais. “A gente prefere pautar com mais detalhe o debate de 2022 tanto nacionalmente como nos estados a partir do ano que vem”, declarou.
Ainda assim, o professor fez questão de reforçar que o partido é contra a gestão do presidente Jair Bolsonaro. “Em relação ao Bolsonaro, a gente acha que a CPI da Pandemia no Senado tem que evoluir para um processo de impeachment. Crimes não faltam”, finalizou Boulos.
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