Conhecida pelo seu período de confinamento no programa Big Brother Brasil, da Rede Globo, Cida Moraes foi uma das finalistas do programa ficando em terceiro lugar na disputa em 2002.
A ex-comissária de bordo em entrevista a Folha FM 100.3 , que também já encarou trabalhos como atriz e falou sobre a sua experiência no programa e os impactos que o isolamento podem trazer.
“Eu graças a Deus vim de uma família muito boa e tive acesso a muitas coisas boas e pude reproduzir isso dentro da casa na minha época, hoje não, eles são mais jovens e tem menos vivências, eu até brincava, eu posso não ganhar na força, mas no raciocínio com certeza, por que a experiência faz isso com a gente, a pensar com mais rapidez” contou durante entrevista.
Segundo ela, o confinamento pode trazer uma resposta emocional diferente do que se espera, principalmente se não há ainda maturidade e uma personalidade construída.
“Como eu era mais velha que os outros participantes, acho que usei dessa maturidade para a convivência” relatou.
Ela conta que não ganhou por que não era o momento certo. “Acredito que não ganhei por que não era mesmo para ser, era a vez do Rodrigo que ganhou a edição, e reencontrei ele ano passado, e ele contou que perdeu toda a fortuna dele, é muito complicado você administrar mil reais, quem dirá um milhão” ressaltou.
Além das dificuldades de lidar com o confinamento, Cida relatou que precisou lidar com a exposição pós BBB.
“Minha vida pós BBB, teve uma mudança enorme, claro que não estou impactando ninguém mais como foi naquela época, a TV Globo chegou a contratar seguranças por que eu não conseguia andar na rua” disse.
Para o sociólogo Paulo Rakoski,Embalados pelo tema “Vida real”, os confinados do “Big Brother Brasil”, muitas vezes, passam longe de reproduzir no programa os comportamentos que vivem aqui fora.
“O confinamento e a abstinência afetiva, além de alimento e água, isso tráz uma questão emocional para o ser humano. Mesmo aqueles que sabem que vão participar do reality, não tem como estar preparado para essa situação, a qualquer estimulo contrário e provocação você poderá ter uma resposta emocional muito diferente do que se espera, ou seja, não existe uma máscara que consiga perdurar por muito tempo, você não consegue atuar e sustentar um personagem” disse.
Confira a entrevista na íntegra: