O cartão de crédito é tido por muitos como um dos grandes vilões do endividamento e não é atoa, já que ele é responsável pela maior dívida de 78% dos brasileiros em 2020, conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). Em mais da metade da população roraimense (57%), o cartão de crédito também ocupa o primeiro lugar na lista das dívidas.
Entretanto, a economista e colunista da FolhaBV, Jádila Andressa, orienta para o uso controlado do cartão de crédito, que, segundo ela, é um item dispensável.
“O dinheiro é indispensável, o cartão de crédito não. Se você só paga o valor mínimo da fatura, usa o cartão de crédito como se fosse salário e não faz ideia dos benefícios que está perdendo; se você não consegue controlar seu próprio dinheiro, como vai controlar o dinheiro dos outros? Porque é isso que o cartão de crédito é, dinheiro do banco” disse.
Na pesquisa “Uso do Cartão de Crédito 2019”, feita em conjunto pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), cinco em cada dez consumidores que utilizam o cartão já ficaram com o nome sujo por falta de pagamento da fatura. O que para a economista é falta de controle e as pessoas podem seguir algumas dicas.
“Primeiro, entenda que o cartão de crédito é um empréstimo. Quando você realiza uma compra para pagar daqui a 30 dias, você está realizando um empréstimo com seu banco e dizendo: ‘daqui 30 dias eu pago’, por isso pare de usar como cartão de crédito como uma renda extra, controle os gastos para que a parcela caiba dentro do seu orçamento”, explicou a colunista do Economizando.
Outra dica é sair com dinheiro mas, se não houver a possibilidade, que a pessoa procure não ter muitos cartões. Isso facilita a organização financeira e ajuda no pagamento total das faturas.
“Tenha um bom cartão, um só, concentre os gastos necessários nele, pague sua fatura total e depois a análise para saber com o quê se está gastando. Muitas pessoas nem sabem, mas o cartão de crédito se bem utilizado pode trazer grandes benefícios, desde pontos que podem se transformar em milhas e trocadas por passagem, a objetos e descontos”, afirmou Andressa.
A medida mais drástica é cancelar o cartão, mas a economista orienta que seja feita uma análise da situação e do orçamento para tomar a melhor decisão.