Cotidiano

Criadores têm até dia 30 para vacinar o gado contra febre aftosa

A declaração de notificação da vacina termina em 15 de maio, prazo que também é importante ser obedecido para evitar penalidades e contratempos

Termina dia 30 deste mês a campanha de vacinação contra a febre aftosa em Roraima. Os produtores rurais devem ficar atentos ao calendário de vacinação, para não perder o prazo e ser multado. Nesta etapa, o pecuarista precisa vacinar todo o rebanho, independente da idade.

A declaração de notificação da vacina termina em 15 de maio, prazo que também é importante ser obedecido para evitar penalidades e contratempos desnecessários.

Conforme o presidente da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima), Kelton Lopes, a vacinação do rebanho e a notificação são imprescindíveis para a manutenção de Roraima como área livre de febre aftosa e continuar evoluindo para a retirada futura da vacina.

“O produtor precisa agilizar a vacinação, pois o prazo final está se aproximando e não haverá prorrogação. Então, é importante que o produtor não deixe para a última hora para evitar imprevistos. Caso não vacine seu rebanho, será multado”, alertou.

Vacinas no mercado

Segundo o empresário Renato Lopes, proprietário de uma loja agropecuária local, a comercialização das vacinas está dentro das expectativas. Ele informou que já foram vendidas mais de 200 mil doses e que há estoque suficiente para atender até o dia 30 de abril.

“A maior procura foi nos primeiros 15 dias. Apesar das chuvas constantes nesse período, houve muita aquisição do produto. A gente vê que a cada campanha de vacinação, junto com a boa divulgação que sempre é feita, o produtor está mais ciente e por isso mais comprometido. Eles sabem que para a gente erradicar a doença é necessário a ajuda de todos”, disse Lopes.

Na loja, é possível observar a movimentação constante de produtores chegando com suas caixas de isopor, item obrigatório para adquirir e transportar a vacina. Sem a caixa térmica, a loja está proibida de vender. Morador da vicinal 3 da Confiança, no Cantá, o criador Paulo César disse que inicia a imunização do seu rebanho nesta quinta-feira, 22.

“Estou aqui comprando as vacinas para amanhã começar a vacinar meus animais. O pessoal está seguindo a campanha, porque sabe que tem que cuidar dos bichos para não adoecerem e causar prejuízo grande para todo mundo”, afirmou.

Criador deve ficar atento aos sintomas da aftosa

Os principais sintomas da febre aftosa são feridas na boca, nas tetas e no casco. Os animais doentes salivam em excesso e andam com dificuldade. Por não conseguir se alimentar, o gado contaminado apresenta enfraquecimento e perda de peso. Muitas doenças apresentam sintomatologia semelhante à febre aftosa, por isso, a notificação imediata desses sinais clínicos deve ser feita nas UDAs (Unidades de Defesa Agropecuária), que colherá material adequado para o diagnóstico em laboratório.

Em 1998, o Brasil recebeu o primeiro reconhecimento de zona livre de febre aftosa, obtido com a vacinação em massa nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Roraima recebeu o reconhecimento internacional de área livre com vacinação em maio de 2018. O último caso de registro da doença ocorreu em 2001, no município de Caroebe.

Cuidados com o rebanho

– Comprar as vacinas somente em lojas registradas;

– Verificar se as vacinas estão na temperatura correta: entre 2°C e 8°C;

– Para transportá-las, usar uma caixa térmica, colocar três partes de gelo para uma de vacina e lacrar;

– Manter a vacina no gelo até o momento da aplicação;

– Escolher à hora mais fresca do dia e reunir o gado.

– Lembrar que deve ser vacinado todo o rebanho;

– Durante a vacinação, manter a seringa e as vacinas na caixa térmica e usar agulhas novas, de preferência do tamanho 15mm por 18mm, limpas;

– Lembrar que a higiene e a limpeza são fundamentais;

– Agitar o frasco antes de usar e aplicar a dosagem certa em todos os animais (2ml);

– Aplicar na tábua do pescoço, embaixo da pele, com calma;

– Preencher a declaração de vacinação e entregá-la nas UDAs e no EAC (Escritório de Atendimento à Comunidade), junto com a nota fiscal de compra da vacina.