Cotidiano

Sindicato cobra término da construção

Suframa liberou R$ 30 milhões para o Governo do Estado construir o Pólo Moveleiro, mas a obra não foi concluída

O Sindicato das Indústrias de Marcenaria (Sindmar) protocolou um pedido na Federação das Indústrias de Roraima (Fier) para que seja dada continuidade às obras do Pólo Moveleiro de Roraima, no Distrito Industrial, na zona Sul da Capital, localizada ao longo da BR-174, na saída para Manaus (AM).
De acordo com os sindicalizados, a construção da obra iniciou em 2006, quando o Sindmar e a Cooperativa de Móveis e Derivados de Marcenaria de Boa Vista (Coop-Marceneiros) firmaram parceria para a elaboração do projeto com o Governo do Estado e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Oito anos depois a obra ainda não foi concluída.
De acordo com o presidente do Sindimar, João Tavares, quando o projeto do Pólo Moveleiro foi idealizado, um dos objetivos era a produção em série de todo tipo de móveis escolares para serem destinados à venda no comércio local e às faculdades ao Estado, além de ampliar a quantidade de madeira exportada.
“Em 2007, quando começaram a construir, a Suframa liberou o dinheiro e o governo o terreno. Nós ficamos contentes pela vitória que tínhamos alcançado, pois iríamos tirar todos os moveleiros da beira de estrada, beira de rios e outros lugares afastados e impróprios para montarmos um pólo de produção forte para um mercado extremamente lucrativo. Mas não foi isso que aconteceu”, lembrou Tavares.
A Suframa liberou R$ 30 milhões para o Governo do Estado construir o pólo moveleiro, mas não foi cumprido o prazo e não concluída a obra. Foli solicitado então mais tempo para finalizá-la, o que foi negado pela Suframa. O governo teria entrado com um processo contra a Suframa por conta disso, perdeu e teria que devolver toda a verba.
A Folha esteve no local, na manhã de ontem, e constatou o total abandono da construção. Apenas a estrutura de alvenaria foi construída. Com o atraso, o presidente do Sindimar explicou que todo o projeto precisa ser refeito. “Nós fizemos um cadastro de todas as empresas que iriam para lá naquela época, um projeto de como seria aproveitado o espaço. Mas agora tudo precisa ser refeito do zero, porque há empresas que nem existem mais”, destacou o Tavares.
GOVERNO – A Folha entrou em contato com o Governo do Estado de Roraima para saber a atual situação da obra, porém não houve retorno aos questionamentos.
SUFRAMA – Também foi feito contato com a Suframa, mas o superintendente adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Regional, José Nagib, não estava na cidade e informou que só poderia dar mais esclarecimentos sobre o assunto quando retornasse. (JL)