Economia

Censo 2021 é cancelado e deve afetar realização de seletivo

Segundo Ministério da Economia, não há previsão orçamentária para o Censo em 2021

O censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) previsto para ser realizado este ano foi cancelado, segundo dados do Ministério da Economia. O anúncio foi feito pelo secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, em coletiva à imprensa nacional nesta sexta-feira, 23. A medida deve afetar a realização de processo seletivo, que contratava temporariamente profissionais justamente para realização do censo.

Segundo Rodrigues, a justificativa para o cancelamento é a falta de previsão de recursos no Orçamento sancionado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

“Não há previsão orçamentária para o Censo em 2021. Portanto, não se realizará em 2021. As consequências e gestão para um novo Censo serão comunicadas ao longo desse ano, em particular, a partir decisões tomadas pela junta orçamentária”, disse.

No início de abril, o IBGE cancelou a aplicação das provas do processo seletivo para recenseadores e agentes censitários que iriam trabalhar no Censo 2021, novamente alegando cortes no orçamento. O concurso oferecia cerca de 17 mil vagas para agentes censitários e 182 mil vagas para recenseadores.

Mesmo com o adiamento da aplicação das provas, até o momento, o processo seletivo não foi cancelado. Porém, é mais provável que o certame seja suspenso tendo em vista que o Censo 2021 não será mais realizado.

CENSO – A edição deste ano deveria ter sido realizada em 2020, mas foi adiada por conta da pandemia. Sem a realização da pesquisa, especialistas afirmam que há perda de qualidade das políticas sociais, redução na distribuição de recursos para os municípios e descompasso nas pesquisas regulares de emprego e renda são algumas das consequências de um novo adiamento. Entre os problemas causados pelo atraso está a distribuição de recursos públicos, já que o volume transferido nas cotas dos fundos de participação estaduais e municipais tem por base o número de habitantes de cada local.

O número de moradores ajuda a definir, por exemplo, os coeficientes de repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), uma das principais fontes de receita das prefeituras, usado sobretudo para custear a folha de pagamento. Sem a nova contagem da população, as estimativas ficam defasadas.

Com informações da UOL

Leia mais: 

IBGE cancela aplicação das provas de processo seletivo – Folha de Boa…