Os servidores da Companhia de Água e Esgotos de Roraima (Caer) decidiram suspender a paralisação de advertência prevista para ocorrer nesta segunda-feira, 03 e terça-feira, 04. A medida havia sido anunciada neste sábado, 01, no Dia do Trabalhador. No mesmo dia, a presidência da pasta informou que os funcionários estavam insatisfeitos com a gestão.
Em comunicado à imprensa, a diretoria do Sindicato dos Urbanitários (Stiu-RR) afirmou que a medida foi suspensa após a convocação de uma reunião entre os funcionários da Caerr e o secretário-chefe da Casa Civil do Governo de Roraima, Flamarion Portela.
Segundo informações, uma contraproposta do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) deve ser apresentada em breve. Por conta da iniciativa de diálogo, a diretoria do STIU-RR informou que decidiu suspender temporariamente a manifestação prevista para o início da semana.
“Sabemos os riscos para a saúde realizar uma manifestação, mesmo com todas as medidas sanitárias contra a Covid-19. Iríamos fazer isso porque já não existia mais opções. Nós queremos a manutenção de direitos dos trabalhadores, diálogo entre patrões e empregados e saúde para todos. Por isso, estamos suspendendo o ato reivindicatório para evitar aglomerações já que a Casa Civil entendeu nossa demanda e se propôs a negociar. Mas a qualquer momento podemos retomar nossa paralisação”, explicou Gisselio Cunha Costa, presidente do STIU-RR.
O Sindicato informou ainda que formalizará nesta segunda um requerimento ao Ministério Público do Trabalho (MPT) solicitando intermediação na negociação do novo ACT da Caer.
MOTIVAÇÃO – Segundo o Stiu-RR, o vencimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e a falta de diálogo com o presidente da Companhia com a categoria motivaram a paralisação de 48 horas.
O ACT da Caer venceu no dia 30 de abril de 2021 pelo segundo período consecutivo. O documento estabelece e garante direitos aos empregados, como por exemplo, correções inflacionárias, vale-alimentação, plano de saúde e outros benefícios.
Após o comunicado, o presidente da Caerr, James Serrador, disse que a diretoria não acreditava em nenhuma paralisação. “Nós não acreditamos que nenhum colaborador da Caerr vai cruzar os braços na segunda-feira porque estão todos satisfeitos e irmanados com a companhia. Em plena pandemia, a companhia continua cumprindo com todas as suas obrigações e mantendo todos os seus direitos”, declarou Serrador.
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