Polícia

Ex-deputado estadual sofre tentativa de assalto

Por telefone, a vítima foi informada que sua filha teria sido sequestrada e que só seria liberada mediante o pagamento de uma quantia em dinheiro

Na manhã desta terça-feira, 3, um ex-deputado estadual foi vítima de assaltantes em uma ação criminosa conhecida como “golpe do telefone”. Ao receber o telefonema de um número desconhecido, o homem recebeu as informações que um de seus familiares, sua filha, teria sido sequestrada e que só seria liberada mediante o pagamento de um montante em dinheiro.

A caminho da agência do banco, a vítima conseguiu entrar em contato com os familiares, momento em que pode verificar que a filha não estava em perigo e em seguida acionou a polícia.

O agente Ricardo Pedrosa, chefe de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), que atendeu o caso, afirma que o procedimento efetuado pela vítima foi a correta.

“A primeira coisa que tem que fazer é entrar em contato com a família”, disse. “O que acontece muitas vezes é que a pessoa tenta manter a pessoa no telefone direto para que ela não consiga utilizar o próprio celular e ligar pra sua família. A vítima fica nervosa e acaba muitas vezes caindo no golpe”, explicou.

Em seguida, o mais indicado é prestar um boletim de ocorrência. “O ideal é que a pessoa repasse o material que conseguiu colher por telefone, número da conta, número do telefone que ligou, para que assim possa ser iniciada uma investigação sobre o caso”, disse.

GOLPE DO TELEFONE

Segundo o agente, o golpe consiste em uma pessoa que tenta convencer por telefone, o pagamento de uma quantia em dinheiro com ameaças, normalmente envolvendo um familiar. “A pessoa liga, começa a repassar informações genéricas. A vítima começa a se sentir ameaçada e muitas vezes vem ao banco pagar”.

Ao telefone, a vítima escutou que a ação era comandada de uma quadrilha em Pacaraima. No entanto, foi identificado que o número de telefone era de origem do Rio de Janeiro e que o número da conta repassado era de Minas Gerais.

De acordo com Pedrosa, com a facilidade de acesso às informações, a ação pode ser comandada de outro Estado. Dados como nomes de ruas podem ser usados para fazer com que a vítima acredite que o sequestro é real. “É fácil a gente deduzir que eles tem acesso as jornais, a própria internet fornece isso tudo, então, eles pegam dados do Estado e quando vão fazer a extorsão, eles citam esses dados para que a pessoa fique ainda mais amedrontada”, alertou.