Cotidiano

Medicamentos para pacientes com transtornos mentais estão em falta

Os pacientes foram informados de que não havia previsão de disponibilidade dos remédios

Pacientes do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) relataram à reportagem da FolhaBV que a unidade não estaria disponibilizando medicamentos para tratamento psicológico. Segundo eles, os profissionais dos centros II e III disseram não ter previsão para os remédios chegarem.

“Fui a minha consulta ontem (3) e não tinha olanzapina, amitriptilina, carbonato de lítio. Esses são os principais que tomo e não sei se outros também estão faltando. Perguntei quando chegariam e eles disseram que não tem previsão”, informou um paciente.

Um dos remédios receitados para uso diário do paciente custa cerca de R$100. Os remédios são antipsicóticos, antidepressivos e sedativos para tratamento agudo de transtornos mentais.

A FolhaBV entrou em contato com a Prefeitura de Boa Vista e o Governo de Roraima que informaram, por meio de notas, sobre a situação dos medicamentos. Confira:

PREFEITURA – “Informamos que os medicamentos citados se encontram em fase de empenho, e a Secretaria Municipal de Saúde está trabalhando para regularizar o estoque o mais breve possível”.


Os remédios são antipsicóticos, antidepressivos e sedativos para tratamento agudo. (Foto: Divulgação)

GOVERNO – “A Secretaria de Saúde informa que o medicamento Olanzapina está disponível e os usuários têm sido atendidos mensalmente com a retirada da medicação na Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica.

Quanto a Amitriptilina e Carbonato de Lítio estão em aquisição, uma vez que estão sendo contemplados em processos em andamento, com previsão para recebimento nos próximos 30 dias.

Vale ressaltar que toda a equipe técnica está empenhada em realizar as aquisições, mas existem fatores que interferem no processo de aquisição como, por exemplo, a falta de itens no mercado farmacêutico, a falta de interesse dos fornecedores, itens com valor superior aos parâmetros legais do setor de cotação, dificuldades de logística, aumento no consumo em razão da pandemia causada pela covid-19”.