A população tem se indignado com a onda de assaltos na cidade e reagido à sua maneira. Esta semana, pelo menos dois casos chamaram a atenção. O primeiro envolveu um pintor de 22 anos, que apanhou e depois foi amarrado por populares após tentar furtar uma loja nas proximidades do Mercado do São Francisco, zona Norte. A tentativa de furto aconteceu no horário de almoço, anteontem, dia 04, nas imediações da movimentada feira.
A dona de uma loja, que preferiu não se identificar, contou à polícia que gritou assim que percebeu a atitude suspeita do acusado. O suspeito correu e logo foi perseguido pelo irmão da vítima, junto com outros.
O acusado foi detido em uma rua perto da feira. Ele chegou a ser agredido, segundo os populares, que o amarraram até a chegada da polícia. A vítima contou que foi a segunda vez que o pintor tentou furtar a loja. A PM levou o acusado ao Plantão Centra, no 5º Distrito de Polícia, onde foi autuado em flagrante por tentativa e furto. (AJ)
OUTRO CASO – Em outro caso, por pouco o desocupado Adailton da Silva Cruz, de 23 anos, não foi linchado anteontem à tarde, no bairro Alvorada, zona Oeste, após assaltar uma estudante de 18 anos. Policiais militares chegaram a tempo do linchamento, mas o acusado já havia apanhado muito de populares.
A vítima contou à polícia que havia levado a filha à escola e, na volta, pedalando de bicicleta, ela foi atacada pelo suspeito que lhe tomou o celular e depois a derrubou. Em seguida, o desocupado tentou fugir.
“Ele também estava de bicicleta, chegou por trás, pegou meu celular e me derrubou. Foi quando me levantei e também pedalei atrás dele, gritando ‘pega ladrão!’. Então, um bocado de gente correu atrás dele e um motociclista o deteve. Ele apanhou muito! Bem feito!”, relembrou.
Na delegacia, o desocupado admitiu o roubo. Ele alegou ser usuário de drogas, mas alegou que nunca havia cometido um crime, porém não convenceu e foi enquadrado por tentativa de roubo.
A vítima teve seu telefone de volta e, após os procedimentos na delegacia, o desocupado fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e foi entregue na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (PAMC), zona rural, onde aguardará o pronunciamento da Justiça. (AJ)